'TSE' da Venezuela proclama reeleição de Maduro

Venezuelanos fazem panelaço contra resultado das eleições

Por Revista Formosa

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), o TSE da Venezuela, proclamou oficialmente, nesta segunda-feira (29), o ditador Nicolás Maduro como vencedor das eleições presidenciais venezuelanas. Na madrugada desta segunda, o órgão havia anunciado que o chavista, no poder desde 2013, ganhou as eleições com 51,2% dos votos, resultado rejeitado pela oposição e grande parte da comunidade internacional.

O presidente do CNE, Elvis Amoroso, disse, durante a cerimônia de proclamação, que "a eleição presidencial ocorreu em um clima de respeito, paz e participação democrática, apesar do fato de que houve muitos ataques" ao sistema eleitoral, sem especificar de que forma ocorreram.

Amoroso insistiu que Maduro obteve a maioria dos votos válidos nas eleições presidenciais, "sendo eleito para outro mandato de seis anos", que começará oficialmente em 10 de janeiro de 2025, data prevista para a cerimônia de posse.

O chefe do órgão eleitoral acrescentou que o presidente foi eleito "pela vontade do povo soberano"; portanto, sua proclamação é feita de acordo com as disposições constitucionais e legais que "regem os processos eleitorais".

Após a cerimônia, Amoroso agradeceu às Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) e às forças de segurança do Estado "por garantir a segurança e a paz antes, durante e depois desse processo eleitoral bem-sucedido".

Amoroso também expressou "reconhecimento e gratidão especiais" a todas as missões de observadores internacionais e nacionais que acompanharam o processo eleitoral. Nas eleições de domingo, Maduro enfrentou o principal nome da oposição, Edmundo González Urrutia, e outros oito candidatos.

Venezuelanos fazem panelaço contra resultado das eleições

A imprensa venezuelana registrou vários panelaços na manhã desta segunda-feira (29), em várias cidades do país, após os resultados das eleições presidenciais deste domingo (28).

Segundo o jornal digital TalCual, foram registrados panelaços nos bairros Las Palmas, Petare, La Urbina, Santa Fé, La Candelaria, San Bernardino, Chacao, La Concordia, Caricuao, Lídice, La Califórnia, Forças Armadas, 23 de janeiro, El Cementerio, Los Naranjos, entre outros. Todos na capital Caracas.

Também foram registradas manifestações de rua em Valência, San Diego, Cagua e Falcon.

De acordo com o jornal El Nacional, manifestações em El Cemeterio e na rodovia La Guaira, em Caracas, tiveram objetos queimados pela população.

Ainda assim, ressaltam os jornais e agências internacionais, a capital amanheceu tranquila no dia seguinte ao pleito que deu a Maduro mais um mandato de seis anos.

Em discurso no qual contestou os resultados eleitorais, o candidato Edmundo González Urrutia pediu para que não haja atos de violência nas ruas.

*EFE; *AE

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