Tatersal da AgroFormosa 2025 é inaugurado com homenagem a José Raimundo “Didi Preto”

04/07/2025

Confira a entrevista com Janicleia Batista na íntegra

Imagem/RevistaFormosa
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Por Revista Formosa

Na abertura oficial da 3ª edição da AgroFormosa, realizada nesta quinta-feira (3), em Formosa do Rio Preto, oeste da Bahia, a emoção tomou conta do público com a inauguração do Tatersal "José Raimundo Pereira Batista" — uma homenagem ao saudoso Didi Preto que faleceu no início deste ano.

O espaço está localizado no Parque Major Leopoldo, onde acontece o maior evento do agronegócio do município.

O prefeito Neo Araújo destacou a importância do momento, lembrando que a iniciativa partiu da população, especialmente após a mobilização de Gillian Rocha. 

A proposta foi apresentada na Câmara pelo vereador Sandoval Queiroz e aprovada por unanimidade.

Representando a família, a filha de Didi Preto, Janicleia Souza Batista, falou com emoção sobre o legado do pai. Ela ressaltou que, mesmo sem formação acadêmica, ele era reconhecido por todos como um "veterinário prático", com profundo conhecimento adquirido na lida diária com os animais e respeito conquistado por sua dedicação à vida no campo.

A homenagem a Didi Preto eterniza seu nome em um espaço de destaque, como também reafirma os laços entre memória, tradição e desenvolvimento rural — valores que sustentam a AgroFormosa e fortalecem a identidade da região.

Confira a entrevista na íntegra!

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Tatersal da AgroFormosa 2025 é inaugurado com homenagem a José Raimundo “Didi Preto” Na abertura oficial da 3ª edição da AgroFormosa, realizada nesta quinta-feira (3), em Formosa do Rio Preto, oeste da Bahia, a emoção tomou conta do público com a inauguração do Tatersal "José Raimundo Pereira Batista" — uma homenagem ao saudoso Didi Preto que faleceu no início deste ano. O espaço está localizado no Parque Major Leopoldo, onde acontece o maior evento do agronegócio do município. O prefeito Neo Araújo destacou a importância do momento, lembrando que a iniciativa partiu da população, especialmente após a mobilização de Gillian Rocha. A proposta foi apresentada na Câmara pelo vereador Sandoval Queiroz e aprovada por unanimidade. Representando a família, a filha de Didi Preto, Janicleia Souza Batista, falou com emoção sobre o legado do pai. Ela ressaltou que, mesmo sem formação acadêmica, ele era reconhecido por todos como um "veterinário prático", com profundo conhecimento adquirido na lida diária com os animais e respeito conquistado por sua dedicação à vida no campo. A homenagem a Didi Preto eterniza seu nome em um espaço de destaque, como também reafirma os laços entre memória, tradição e desenvolvimento rural — valores que sustentam a AgroFormosa e fortalecem a identidade da região. Matéria Completa: https://www.revistaformosa.com/l/tatersal-da-agroformosa-2025-e-inaugurado-com-homenagem-a-jose-raimundo-didi-preto/

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Leia o discurso de Janicleia Batista, filha do saudoso Didi Preto

Querido prefeito Manoel Afonso, o qual meu pai tinha uma grande admiração e carinho,

Gostaríamos de expressar a nossa mais sincera gratidão pela homenagem ao meu pai, José Raimundo Pereira Batista, carinhosamente conhecido como Didi Preto.

O Tatersal reflete muito a sua trajetória de vida, de cuidado e amor aos animais, que desde os seus 7 anos acordava às 6 da manhã, montava a cavalo e ajudava seu pai Evaristo no dia a dia do trabalho de vaqueiro, que assumiu o seu lugar após o seu falecimento, tornando-se vaqueiro, nascido em Ipirá/Bahia, Logo apos se casar, mudou-se para Wanderley/ Bahia, e ao chegar à fazenda Mucambinho/Formosa, se apaixonou pela cidade, pelos amigos formosenses. 

Dizia que seus amigos de Formosa eram como seus parentes, que nunca sairia daqui, e aqui se tornou pecuarista familiar e veterinário, sem formação acadêmica, o chamado veterinário prático. O que aprendeu da prática veterinária foi com o experiente doutor Cabral.

Ele fazia parto de vaca, fazia cirurgias simples e complexas, retirava bezerro morto por partes, um processo delicado e demorado, cirurgia de correção de bezerros que nascia com patas deformadas, medicava animais intoxicados, vacinava,

instruía, e tudo isso por amor aos animais, pois na maioria das vezes não cobrava pelo serviço, era muito procurado na cidade e ao ser procurado, mesmo cansado dizia: não posso deixar meu amigo na mão e nem o animal morrer.

Homem de fé, uma pessoa boa, habilidosa, muito inteligente, exemplo de força e coragem, um desbravador, de muitos amigos.

Amigos estes que hoje fazem essa homenagem tão bonita e merecida.

Agradecemos aos organizadores da AgroFormosa, Câmara de vereadores, Arnaldo Filho, Gilian Rocha, todos contribuíram para tornar isso possível, e justo no lugar onde ele também ajudou a construir, que foi o Parque de Vaquejada.

Que meu pai esteja sempre em nossos corações e que sua memória seja lembrada em momentos como este.

Muito obrigada a todos, família José Raimundo Pereira Batista, nosso Didi Preto.

Repórter Larissa, filha Janicleia, viúva Joanina e a neta. Imagem/RevistaFormosa
Repórter Larissa, filha Janicleia, viúva Joanina e a neta. Imagem/RevistaFormosa

Seu Didi Preto
Didi Preto foi o precursor da criação do cavalo Mangalarga Marchador em Formosa do Rio Preto. Natural de Ipirá, na Bahia, ele chegou à Fazenda Mucambinho em 1977, trazendo consigo esses animais.

Algum tempo depois, com a venda da fazenda, ele adquiriu a Fazenda Nova Roma, próxima ao Rio do Ouro, e transferiu os cavalos para lá, em 1981.

Naquela época, não havia veterinários na região. Seu Didi, com habilidade e experiência, realizava cirurgias em bezerros, auxiliava em partos e atendia a diversas localidades, inclusive fora do estado, como em Corrente, no Piauí.

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