“Serei o apoio dela”, diz mãe de mulher atropelada e arrastada por motorista

08/12/2025
Tainara Souza Santos foi arrastada pelo carro por cerca de um quilômetro Crédito: Reprodução
Tainara Souza Santos foi arrastada pelo carro por cerca de um quilômetro Crédito: Reprodução

Por Revista Formosa

Ao falar da filha, Tainara Souza Santos, 31 anos, a mãe, Lúcia Aparecida Souza da Silva, recorda uma jovem cheia de energia, dedicada ao trabalho e apaixonada por dança. 

Mas a rotina de Tainara mudou drasticamente após ser atropelada e arrastada por cerca de um quilômetro, no dia 29 de novembro, em São Paulo. 

O carro era conduzido por Douglas Alves da Silva, 26 anos, que realizou manobras e ultrapassagens mesmo com a vítima presa sob o veículo.

"Vou ser as pernas dela. Ela é muito amada, vai ter todo o carinho da família e das amigas", desabafou Lúcia em entrevista ao Fantástico, reforçando a esperança de ver a filha reconstruir a própria vida. 

Motoristas que presenciaram a cena ficaram em choque ao perceber que uma pessoa estava sendo arrastada.

A polícia apura que Tainara caminhava com um amigo após sair de um bar quando foi atingida. Segundo depoimentos, Douglas — que teria tido um relacionamento com a vítima — se irritou ao vê-la falando com outro rapaz e, após uma discussão, avançou com o carro na direção dela. 

Um passageiro do veículo afirmou que o motorista ainda puxou o freio de mão e acelerou com a intenção de matá-la.

Lúcia lamenta a violência sofrida pela filha: "Ele queria matar. Não tem explicação".

Tainara teve as duas pernas amputadas, passou por outras três cirurgias e permanece sedada na UTI do Hospital das Clínicas, em estado grave.

Douglas deixou o local sem prestar socorro, mas foi detido no dia seguinte. Ele é investigado por tentativa de feminicídio. 

Em 2023, já havia sido preso por portar uma pistola 9 mm e, após firmar acordo judicial, descumpriu as condições meses depois, antes do atropelamento.

A defesa do motorista alega que ele não conhecia Tainara e que a discussão seria com o amigo dela, versão que pretende sustentar na Justiça.

Indignada, a mãe faz um apelo: "Hoje foi a Tainara, amanhã pode ser qualquer outra mulher. Isso precisa parar".

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