Sem diesel, produtores argentinos podem perder colheita

Por Revista Formosa
Associação estima jogar fora 25.000 toneladas de limões após escassez de combustível elevar frete e baixa demanda local
Produtores de limão da região de Bella Vista, na província argentina de Corrientes, no nordeste do país -fronteira com o Rio Grande do Sul, estão enfrentando problemas para escoar a colheita de agora.
A escassez de diesel no país e os impactos da guerra na Ucrânia na economia local afetaram a demanda, elevaram o custo do frete e criaram um "cenário angustiante", de acordo com eles.
A escassez de diesel no país e os impactos da guerra na Ucrânia na economia local afetaram a demanda, elevaram o custo do frete e criaram um "cenário angustiante", de acordo com eles.
DIESEL E BAIXA DEMANDA
Barbera afirma que a questão da baixa demanda na região poderia ser contornada transportando os limões para outras partes do país, mas a falta de combustível elevou as taxas de frete e inviabiliza essa saída.
"Aqui há uma fábrica que nos paga 5 pesos o quilo da fruta. Nós temos um custo de 4 pesos com colheita e frente, ou seja, sobre 1 peso por quilo. Mas quando queremos enviar para outras fábricas em Monte Caseros, Chajarí ou Concordia, esse custo sobe para 6 pesos, então não é conveniente porque perdemos dinheiro", diz Barbera.
A região de Bella Vista conta com 3 fábricas, mas Barbera diz que só uma abriu em 2022. Sozinha, não tem capacidade para absorver toda a produção da área, com cerca de 4.500 hectares de plantações, sendo 90% dedicadas ao cultivo do limão.
