Saúde cogita reduzir situação da covid-19 a endemia no Brasil; o que muda?

17/03/2022

Por Revista Formosa

Na última terça (15), o Ministério da Saúde discutiu a possibilidade de reduzir a situação da covid-19 a uma endemia. A reunião aconteceu entre o ministro Marcelo Queiroga e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), mas na semana passada esse mesmo assunto foi pauta de uma reunião entre Queiroga e o presidente da Câmara, Arthur Lira.

"Diante da sinalização, manifestei ao ministro preocupação com a nova onda do vírus, vista nos últimos dias na China. Mas me comprometi a levar a discussão aos líderes do Senado", anunciou o presidente do Senado.

Na sexta (11), a Pasta divulgou que 91% da população brasileira acima de 12 anos já tomou pelo menos a primeira dose da vacina contra a covid-19, e desse total, 84,38% completou o esquema vacinal. Além disso, nas últimas semanas, várias cidades flexibilizaram o uso de máscaras. No estado de São Paulo, já não é mais obrigatório usar máscara em lugar aberto. No Distrito Federal, máscaras estão dispensadas em locais abertos e também fechados.

Mas o que mudaria nesse cenário? Especialistas do Observatório Covid-19 Fiocruz chegaram a relembrar que a pandemia é um fenômeno mundial, portanto não cabe a um país isoladamente decretar seu fim, e ressaltaram que, para ser endêmica, a doença teria formas de diagnóstico e tratamento disponíveis para toda a população. Logo, cada posto de saúde, ambulatório e hospital teria que passar a tratar a doença como uma rotina.

Pandemia x Endemia

A pandemia pode ser definida como a disseminação mundial de uma doença, sendo o pior dos cenários. Várias pandemias já assolaram a humanidade ao longo da história. Nessa condição, o protocolo deve ser respeitado tanto pelos países afetados quanto pelos países que ainda não registraram casos da doença.

Por sua vez, a endemia é uma doença que se manifesta com frequência em determinada região, mas tem um número de casos esperado. No Brasil, por exemplo, a Febre Amarela tem atuação frequente na região Norte, onde é considerada uma doença endêmica. Agência Brasil, Correio Braziliense, Los Angeles Times