‘Quem já teve Covid-19 não precisa de vacina’, conclui estudo da Cleveland Clinic nos EUA

17/06/2021
Quem já foi infectado pelo vírus chinês não precisa ser vacinado, segundo o estudo.
Quem já foi infectado pelo vírus chinês não precisa ser vacinado, segundo o estudo.

O centro médico de pesquisas Cleveland Clinic, com sede em Cleveland, Ohio, nos EUA, divulgou um estudo no último dia 5 de junho apontando que quem já foi infectado pelo vírus chinês não precisa ser vacinado.

O estudo da Cleveland Clinic apontou que "é improvável que indivíduos previamente infectados com Sars-Cov-2 sejam reinfectados pela Covid-19, independentemente de receber vacinas ou não".

Segundo os pesquisadores, a incidência de infecção por Covid-19 permaneceu praticamente nula entre os não vacinados que já haviam se recuperado da doença. Além disso, a vacina somente foi "associada a um risco menor de infecção" para quem ainda não teve a doença.

Ao comentar sobre essa pesquisa, a Revista Nature aponta que provavelmente uma pessoa "fará anticorpos para o resto da vida" após ser infectada com o vírus chinês.

"Esta descoberta coloca em questão a necessidade de vacinar aqueles que já tiveram a doença e é esperado que a imunidade adquirida por infecção natural forneça proteção futura contra o vírus", afirmam os cientistas.

Os anticorpos - proteínas que podem reconhecer e ajudar a inativar as partículas virais - são uma defesa imunológica chave do corpo humano.

Após uma infecção virológica, as células do corpo retrocedem e outras células mais duradouras produzem os anticorpos: as células B, de memória, patrulham o sangue para reinfecção, enquanto as células plasmáticas da medula óssea (BMPCs) se escondem nos ossos, liberando anticorpos por décadas. Esse mesmo processo, no entanto, não ocorre em pacientes que desenvolvem a forma grave da Covid-19.

Diante dessas recentes descobertas, ressalta-se a importância do tratamento na fase inicial da infecção pelo vírus chinês, visto que a rápida recuperação do paciente não só evita complicações graves, mas também pode dar condição ao próprio sistema imunológico do paciente de criar uma defesa natural e duradoura contra o vírus.

A pesquisa foi desenvolvida pelos departamentos de Doenças Infecciosas, Prevenção de Infecções, Ciências quantitativas da Saúde e Saúde Ocupacional da entidade. Teve início em 16 de dezembro de 2020 (mesmo dia em que a vacinação foi iniciada no Estado de Ohio) e contou com a participação de 52.238 pessoas (entre vacinados e não vacinados).

Fonte: Terça Livre