PSOL aciona STF contra lei que obriga gestante a ouvir o bebê

16/02/2024

A ação fala que a lei do estado de Goiás é "violação da dignidade humana e tortura" 

(Imagem ilustrativa) Foto: Mart Production para Pexels
(Imagem ilustrativa) Foto: Mart Production para Pexels

Por Revista Formosa

O PSOL protocolou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a Lei Estadual nº 22.537/2024, que institui a "Campanha de Conscientização contra o Aborto para as Mulheres no Estado de Goiás". A ação foi distribuída ao ministro Edson Fachin.

A legislação, proposta pelo ex-deputado estadual Fred Rodrigues (DC) e sancionada pelo governo de Goiás em 11 de janeiro, estabelece o dia 8 de agosto como o Dia Estadual de Conscientização contra o Aborto e prevê a realização de palestras, seminários e outras atividades para discutir os direitos do nascituro, o direito à vida e as implicações penais do aborto ilegal.

Um dos pontos principais da lei é a obrigatoriedade de o Estado fornecer às gestantes o exame de ultrassom contendo os batimentos cardíacos do feto antes que elas decidam sobre o aborto, seguindo as hipóteses previstas no Artigo 128, incisos I e II do Código Penal.

Para o PSOL, a lei viola princípios constitucionais, como a dignidade da pessoa humana, e os direitos das mulheres à autonomia, à liberdade, à igualdade, à saúde e a não serem submetidas a tortura, nem a tratamento desumano ou degradante.

O partido também argumenta que a norma estadual invade competências legislativas da União ao disciplinar matérias de Direito Civil e diretrizes e bases da Educação.

Receba as últimas notícias da Revista Formosa no seu WhatsApp e esteja sempre atualizado! Basta acessar o nosso canal: CLIQUE AQUI! . Siga a Revista Formosa no Google News.