Presidente da Voepass faz 1º pronunciamento após tragédia em Vinhedo

14/08/2024

Cofundador destacou que companhia se responsabiliza por todas as despesas

Avião caiu na área de uma condomínio residencial - Foto: Divulgação | Voepass
Avião caiu na área de uma condomínio residencial - Foto: Divulgação | Voepass

Por Revista Formosa

O presidente da Voepass, José Luiz Felício Filho, empresa dona de aeronave que caiu na cidade de Vinhedo, no interior de São Paulo, matando 61 pessoas, fez o primeiro pronunciamento após o acidente expressou solidariedade às famílias

Ele pontuou que a empresa segue "as melhores práticas internacionais" de segurança. 

"Sou piloto há mais de 30 anos e hoje o comandante mais antigo dessa empresa. Vim de uma origem de transportadores e, desde que assumi a presidência dessa empresa em 2004, sempre construí uma base com diretrizes sólidas e sempre pautadas pelas melhores práticas internacionais para garantir a segurança operacional de todos. A vida dos nossos passageiros, assim como dos nossos tripulantes, sempre foi e continuará sendo nossa prioridade número um", afirmou.

Felício Filho pontou ainda que a empresa se responsabiliza "integralmente" por transporte, hospedagem, alimentação, translado, apoio psicológico e todas as despesas necessárias para as pessoas afetadas pelo acidente.

"Como presidente e cofundador dessa empresa, estou aqui para dizer que é um momento de grande pesar para todos nós da família Voepass. Toda a nossa equipe está voltada para garantir a assistência irrestrita aos familiares das vítimas. Não estamos medindo esforços logísticos e operacionais para que todos recebam nosso efetivo apoio neste momento", afirmou.

Veja: 

Desastre aéreo em SP

Um avião modelo ATR-72, da Companhia Aérea VoePass, antiga Passaredo, caiu no início da tarde desta sexta-feira, 9, com 61 pessoas a bordo. O acidente aconteceu na cidade de Vinhedo, no interior de São Paulo. Não houve sobreviventes.

O avião caiu na área de uma condomínio residencial, no entanto não atingiu nenhuma residência. Estavam na aeronave 4 tripulantes e 57 passageiros no momento do acidente.

O avião, de matrícula PS-VPB, fazia o voo 2Z2283 e decolou às 11h58 de Cascavel, segundo o aplicativo FlightRadar24. A chegada em Guarulhos estava prevista para 13h50.

O aplicativo mostra que, ao passar por Vinhedo, quando iniciava o procedimento de pouso, o avião teve uma queda brusca e caiu em parafuso.

Uma falha no sistema anti-congelamento do avião é uma das principais hipóteses para o acidente. Esse problema teria causado o acúmulo de gelo na aeronave, levando-a a girar em uma manobra conhecida como estol, antes de colidir com o solo.

O especialista em aviação Roberto Peterka afirmou, em entrevista ao Site Metrópoles, que se a aeronave estivesse com mais altitude, o gelo poderia ter derretido, permitindo que o avião retomasse as condições normais de voo.

"Ele veio numa perda de controle em voo. A hipótese provável é justamente a formação de gelo. O gelo acaba se formando nas asas e altera o perfil aerodinâmico, e aí a aeronave perde a sustentação e vem para o chão. Provavelmente, se ele tivesse mais altura, o gelo poderia descongelar, e ele adquirir as condições de voo normal." 

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