Plantio direto contribui para crescimento do agronegócio do Oeste baiano
Por Revista Formosa
O Oeste da Bahia contribuiu para o crescimento de 4,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado, no segundo trimestre deste ano, de acordo com cálculos divulgados pela SEI (Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia). O agronegócio foi um dos únicos setores a terem desempenho positivo e parte desse número se deve à adoção do sistema de plantio direto como método de cultivo de grãos, como soja, milho e feijão.
Neste sistema, grande parte da plantação recebe uma cobertura de palha, também chamada de cobertura morta ou "mulch", deixando o terreno protegido da erosão, já que o impacto da gota da chuva é amortecido pela palha antes de bater no solo. Esta forma de cultivo melhora a retenção de umidade, aumenta os rendimentos em anos secos, permite o cumprimento do calendário agrícola e, ainda, evita o replantio.
Segundo a WWF-Brasil, organização mundial sem fins lucrativos, esta prática é tida como a mais importante ação ambiental brasileira que atende as recomendações da conferência da ONU (Eco-92) e da Agenda 21, indo também ao encontro do que foi acordado durante a assinatura do Protocolo Verde, em 1995.
O Agronegócio Estrondo, localizado no Oeste da Bahia é um exemplo de empreendimento que utiliza o sistema de plantio direto desde o ano 2000. Com isso, já foram produzidos milhões de toneladas de soja em suas fazendas seguindo os parâmetros desta técnica, o que reflete positivamente nos resultados e contribui para elevar o Oeste baiano a uma das regiões de maior aproveitamento para o cultivo na região.
"O Brasil é considerado o número um na lista de maior produtor de soja desde 2019, tendo registrado no ano passado a marca de 134 milhões de toneladas, além de ser dono da maior extensão territorial destinada ao plantio do grão utilizando o plantio direto - aproximadamente 9 milhões de hectares. Temos orgulho de contribuir para esses números", afirma Daniel Ferraz, gerente Administrativo e Financeiro do Agronegócio Estrondo.
O plantio direto começou a ser implantado no Brasil há 50 anos e, graças à sua adoção, o país despontou como um dos maiores produtores de soja do mundo, passando de 1,5 milhão de toneladas, em 1970, para mais de 15 milhões de toneladas, em 1979. Criado em junho deste ano, o Dia Nacional do Plantio Direto, comemorado no dia 23 de outubro, visa incentivar ainda mais a realização de ações que contribuam para a universalização da prática deste sistema. O sistema de plantio direto atende aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 (meta 2.4), pois melhora progressivamente a qualidade do solo.
