Pessoas que pediram demissão na pandemia se arrependem
Trocar o certo pelo duvidoso incorre em um grande risco a ser assumido

Por Revista Formosa
Em 2021, a pandemia tirou certezas, seguranças, até aquilo que era concebido por estável foi confrontado. Nesse frágil cenário de incertezas e inquietações, o rumo de muitas vidas se colidiu com a reflexão do sentido dado à caminhada profissional. Para onde estava se deixando conduzir.
A partir desses levantamentos filosóficos, muitos foram tomados pelo sentimento de mudança e a possibilidade real da finitude da vida impôs a revisão de decisões, nas quais era preciso valorizar a felicidade essencial e dar um sentido mais nobre e mais satisfatório à carreira.
Com isso, muitos profissionais optaram por jogar tudo para o alto a fim de investir em outro segmento laboral.
Uma pesquisa global realizada pela consultoria de recursos humanos Paychex constatou que 80% dos funcionários que pediram demissão gostariam de não ter feito a escolha radical. Entre os profissionais da chamada geração Z, essa porcentagem é ainda maior: 89%.
A maior parte busca, agora, recuperar o antigo emprego e quase metade afirma que está mais complicado conseguir a vaga. A "Grande Renúncia" se tornou o "Grande Arrependimento".
A lição evidencia que as grandes decisões na vida têm de ser tomadas com ponderação e reflexão. A troca do certo pelo duvidoso pode não ser a opção mais inteligente.
Veja como o movimento de demissões nos Estados Unidos e no mundo perdeu força e resultou em busca por novos, ou velhos, trabalhos.
Da força de trabalho dos Estados Unidos, 2,7% pediram demissão em dezembro de 2022; 39% fizeram isso para se livrar de ambientes tóxicos; 80% dos que pediram demissão se arrependeram depois; 78% dos demissionários querem voltar à antiga função; 49% deles declararam que atualmente está mais difícil conseguir um trabalho.
