Operação mira desvios na saúde na BA e PI; investigação apontou plantões que nunca foram realizados e exames falsos

Por Revista Formosa
A Polícia Civil (PC) cumpriu mandados de busca e apreensão nas casas de médicos e ex-secretários municipais de saúde de Formosa do Rio Preto, no oeste da Bahia, e em duas cidades do Piauí, nesta terça-feira (17). As investigações apontam um esquema fraudulento nas pastas dos municípios, a exemplo de exames incompatíveis e plantões que nunca foram realizados.
A Operação USG também cumpriu mandados em clínicas particulares, hospitais municipais e na Secretaria de Saúde de Formosa do Rio Preto, que suspendeu contratos com quatro empresas investigadas.
Nove investigados, quase todos médicos, são suspeitos de desvios de verbas públicas, fraudes em licitações e contratações, entre outros crimes que não foram detalhados.
Saiba o que a apuração identificou ↓
- Exames incompatíveis, como ultrassonografia transvaginal em pacientes homens;
- Pagamentos por serviços médicos não prestados à população;
- Plantões que nunca foram realizados;
- Lista fraudulenta de pacientes "fantasma";
- Números de exames destoante da realidade;
- Utilização de empresas de fachadas para repassar recursos.
De acordo com a PC, o esquema de desvios de verbas públicas da saúde causou um prejuízo de R$ 12 milhões para Formosa do Rio Preto, na Bahia, e Corrente e Bom Jesus, no Piauí.
Prefeitos não estão entre os investigados e ninguém foi preso, entretanto, alguns dos médicos atuavam como servidores públicos nos dois municípios e foram afastados das funções, por ordem da Justiça baiana.
Além dos mandados de busca e apreensão cumpridos nas casas de médicos e ex-secretários, ainda foram cumpridos mandados nas casas de possíveis laranjas, políticos, clínicas e postos de saúde da cidades baiana e piauienses. Os valores desviados que foram encontrados em contas bancárias de três clínicas foram bloqueados.
Em nota, a Prefeitura de Formosa do Rio Preto informou que recebeu a denúncia do caso e contratou uma empresa de auditoria para investigar possíveis irregularidades.
Veja comunicado na íntegra abaixo:
"A Prefeitura de Formosa do Rio Preto informa que já vinha apurando os fatos que se relacionam com a operação realizada pela Polícia Civil da Bahia, em 17 de dezembro de 2024. Assim que recebeu a denúncia, há meses, determinou a apuração, inclusive contratando empresa de auditoria para tal finalidade.
Informa, ainda, que o Prefeito não figura como investigado, tendo como foco a Secretaria de Saúde, órgão da administração que possui autonomia financeira. A Prefeitura sempre esteve à disposição das autoridades, agindo de forma colaborativa com as apurações."
Fonte: G1
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