Novo iPhone 17 cabe no bolso de só 1 em cada 10 brasileiros

22/09/2025
Foto: Divulgação Apple
Foto: Divulgação Apple

Por Revista Formosa

O lançamento do iPhone costuma mobilizar atenção em todo o mundo, e no Brasil não é diferente. 

A chegada da linha 17, divulgada na última sexta-feira (19), além de marcar a estreia de novos recursos tecnológicos, evidencia também um retrato da desigualdade social do país: poucos têm condições de adquirir o produto, enquanto a grande maioria fica de fora desse mercado de consumo restrito.

Nesta edição, a Apple trouxe quatro versões para o consumidor brasileiro. O modelo mais simples, o iPhone 17, parte de R$ 7.999. 

Já o iPhone 17 Air chega por R$ 10.499, enquanto o iPhone 17 Pro tem preço inicial de R$ 11.499. No topo da linha está o iPhone 17 Pro Max com 2 TB de memória, que pode chegar a R$ 18.499.

Distância entre renda e consumo

De acordo com dados da PNAD Contínua (IBGE), a renda domiciliar per capita no Brasil em 2024 foi estimada em R$ 2.069. Isso significa que o rendimento médio mensal de um brasileiro não cobre sequer um quarto do valor do modelo de entrada do novo iPhone.

O contraste fica ainda mais evidente quando se observa a concentração de renda: os 10% mais ricos ganham, em média, 13,4 vezes mais que os 40% mais pobres. 

Embora o IBGE não apresente dados exatos sobre a parcela da população com rendimentos acima de R$ 8 mil, esse perfil corresponde a um grupo bastante reduzido — justamente o público-alvo de produtos de luxo como os smartphones da Apple.

Mais que tecnologia: status

O posicionamento da empresa deixa claro que não busca atingir a base da pirâmide social brasileira. 

O preço elevado direciona o produto a consumidores com alto poder aquisitivo, para quem o celular representa não apenas uma ferramenta tecnológica, mas também um símbolo de status e distinção social.

No fim, o lançamento do iPhone 17 no Brasil extrapola o universo da tecnologia e se transforma em um espelho das desigualdades do país. 

De um lado, uma pequena elite capaz de pagar até R$ 18 mil em um celular; do outro, milhões de brasileiros cujo salário mal garante o essencial para viver.

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