Mortes e internações por uso de álcool crescem entre mulheres
Dados foram divulgados pelo Centro de Informações Sobre Saúde e Álcool (CISA) nesta quarta-feira, 26

Por Revista Formosa
O Centro de Informações Sobre Saúde e Álcool (CISA) emitiu um alerta sobre o aumento do consumo de bebidas alcoólicas entre mulheres e as consequências decorrentes disso. Essa informação é baseada nos dados da quinta edição do relatório "Álcool e a Saúde dos Brasileiros: Panorama 2023", que foram divulgados nesta quarta-feira, 26. O estudo revela que, ao longo de um período de 10 anos, de 2010 a 2021, houve um crescimento de 7,5% no percentual de mortes entre mulheres por 100 mil habitantes atribuídas ao álcool em todo o país, bem como um aumento de 5% nas internações.
Por outro lado, o levantamento apresentou dados positivos para a população brasileira como um todo, considerando 100 mil habitantes ao longo desses 10 anos. As mortes totais relacionadas ao álcool caíram 4,8% e as internações tiveram uma redução de 8,8%. Entre os homens, a queda foi ainda maior, com uma redução de 8% nas mortes e 13% nas internações. Uma das razões para essa melhoria é a diminuição de acidentes de trânsito, que são predominantemente causados por homens e representam a segunda maior causa de óbitos associados ao álcool, perdendo apenas para a cirrose.
Números da pandemia
Outro ponto relevante apontado no relatório é a queda de 2,3% nos óbitos atribuídos ao alcoolismo em 2021, comparado ao pico registrado no primeiro ano da pandemia. O total de mortes relacionadas ao álcool em 2021 foi de 8.539, com 76,4% dos casos sendo homens e 23,6% mulheres.
As internações relacionadas ao consumo de álcool, por sua vez, aumentaram 2,5% em 2021 em comparação com 2020, totalizando 336.407 hospitalizações no ano (sendo 71% homens e 29% mulheres). Isso representa um crescimento mais moderado em comparação ao aumento geral das hospitalizações por todas as causas no país, que foi de 6,5% no mesmo período.
A Bahia e as médias nacionais
O relatório revela ainda que 16 estados brasileiros apresentam taxas de óbitos por 100 mil habitantes acima da média nacional, que é de 32,4 mortes por 100 mil habitantes, dentre eles, está a Bahia, que aparece em 11º lugar, com uma taxa de 35,3/100 mil hab.

Em outro aspecto, 11 estados e o Distrito Federal superam a taxa nacional de internações, que é de 157,7 hospitalizações por 100 mil habitantes. Nesse ponto, a Bahia figura em 22º lugar, com uma taxa de 124,5.

Em termos de ranking de internações, os estados com as maiores taxas são Paraná, com 238,8 hospitalizações por 100 mil habitantes; Piauí, com 233,8; Espírito Santo, com 209,1; Rio Grande do Sul, com 186,9; e Santa Catarina, com 168,4. Já em relação às mortes, os estados com as maiores taxas são Espírito Santo, com 42,9 óbitos por 100 mil habitantes; Paraná, com 40,4; Tocantins, com 39,6; Piauí, com 36,6; e Sergipe e Goiás, ambos com 36,2.

