Morre Juliana Marins, brasileira que caiu em vulcão na Indonésia
Notícia foi confirmada pela família nas redes sociais nesta terça-feira (24)

Por Revista Formosa
Morreu a brasileira Juliana Marins, que caiu de um penhasco no sábado (21), enquanto fazia uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. A notícia foi confirmada pela família nesta terça-feira (24), nas redes sociais.
"Hoje, a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana Marins estava. Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu. Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido", escreveu o perfil @resgatejulianamarins, mantido pela família.
Juliana foi procurada durante quatro dias. Nesta terça, socorristas chegaram a montar um acampamento avançado perto de onde ela estava no parque nacional. A operação de resgate era considerada complexa, devido à neblina densa e ao terreno acidentado do local.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores lamentou a morte da jovem e disse a embaixada na Indonésia auxiliou no resgate. "A embaixada do Brasil em Jacarta mobilizou as autoridades locais, no mais alto nível, para a tarefa de resgate e vinha acompanhando os trabalhos de busca desde a noite de sexta-feira, quando foi informada da queda no Mount Rinjani", diz a nota.
Natural de Niterói, no Rio de Janeiro, Juliana Marins era formada em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e também atuava como dançarina de pole dance. Desde fevereiro, ela fazia um mochilão pela Ásia, tendo passado por Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia.
Governo Federal se pronuncia sobre o caso
O governo federal divulgou uma nota informando que a embaixada brasileira "mobilizou autoridades locais, no mais alto nível, para a tarefa de resgate" da jovem.
Confira a nota na íntegra:
"O governo brasileiro comunica, com profundo pesar, a morte da turista brasileira Juliana Marins, que havia caído de um penhasco que circunda a trilha junto à cratera do Mount Rinjani (3.726 metros de altura), vulcão localizado a cerca de 1.200 km de Jacarta, na ilha de Lombok. Ao final de quatro dias de trabalho, dificultado pelas condições meteorológicas, de solo e de visibilidade adversas na região, equipes da Agência de Busca e Salvamento da Indonésia encontraram o corpo da turista brasileira.
A embaixada do Brasil em Jacarta mobilizou as autoridades locais, no mais alto nível, para a tarefa de resgate e vinha acompanhando os trabalhos de busca desde a noite de sexta-feira (em horário local), quando foi informada da queda no Mount Rinjani.
Quem era Juliana, brasileira que morreu em trilha na Indonésia
A brasileira Juliana Marins, de 27 anos, que na última sexta-feira (20), caiu enquanto fazia uma trilha próxima de um vulcão na Indonésia, foi encontrada morta nesta terça (24), conforme divulgou a família pelas redes sociais.
Ela fazia um mochilão pelo sudeste asiático. Estava vivendo um sonho, de acordo com amigos.
Juliana morava em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, e em dezembro de 2021 concluiu a graduação em Publicidade e Propaganda na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ela chegou a trabalhar no canal Off (com produção e conteúdo) e no Multishow (com produção de conteúdo digital), segundo registrou em seu perfil no LinkedIn, onde acumulava elogios profissionais.
Juliana caiu de um penhasco que circunda uma trilha junto à cratera do Mount Rinjani, um vulcão localizado na Ilha de Lombok, a cerca de 1.200 km de distância de Jacarta, em uma área de difícil acesso.
Ela fazia uma trilha rumo ao cume do Monte Rinjani, na Ilha de Lombok, por volta das 4h da manhã do último sábado (21), noite de sexta-feira (20), pelo horário de Brasília. A trilha é conhecida por sua beleza, mas também por seus desafios e riscos naturais.
Muito famosa em razão da visão ampla do vulcão, a trilha na Indonésia é considerada muito perigosa e tem um histórico de acidentes e mortes de visitantes.
A tentativa de resgate da brasileira foi dificultada por condições meteorológicas e de visibilidade adversas e mobilizou alpinistas experientes e o Ministério das Relações Exteriores.
O embaixador do Brasil em Jacarta entrou pessoalmente em contato com o diretor internacional da Agência Nacional de Combate a Desastres da Indonésia. Dois funcionários da Embaixada deslocaram-se para o local, a fim de acompanhar pessoalmente os esforços pelo resgate.
Durante as tentativas de resgate, familiares e amigos relataram desencontro de informações, inclusive sobre a veracidade de que Juliana teria recebido alimentos e bebidas, como chegou a ser divulgado no último sábado. Pelas redes sociais, políticos e famosos também entraram na mobilização para cobrar ajuda.
A queda de Juliana ocorreu em uma região remota, a cerca de quatro horas de distância do centro urbano mais próximo. Com 41,3 mil hectares de extensão, a trilha faz parte de um parque que integra o chamado "anel de fogo do Pacífico".
CARREIRA EM COMUNICAÇÃO
"Tive a oportunidade de trabalhar com Juliana Marins, (que) se destacou por sua proatividade e criatividade excepcionais. Sua habilidade em conduzir processos do início ao fim, especialmente em projetos envolvendo talentos e influenciadores, era admirável Essa competência gerava uma confiança mútua, onde os talentos se sentiam seguros e bem representados por ela", escreveu Flávia Alvarenga, que foi supervisora de Juliana.
Além da carreira em Comunicação, a fluminense praticava pole dance – era dançarina da modalidade – e natação e adorava viagens e de aventuras, segundo registrava em seu perfil no Instagram.
Reunindo essas duas preferências, no final de fevereiro ela viajou sozinha do Rio de Janeiro para um "mochilão" pela Ásia. Esse é o tipo de viagem em que a pessoa organiza seus próprios horários e preferências, sem acompanhar a rotina de uma excursão guiada, o que permite ao viajante vivenciar experiências com tempo e tranquilidade.
Juliana passou por Filipinas, Vietnã, Tailândia e estava na Indonésia. Durante a viagem, postou fotos e vídeos nas redes sociais.
No Instagram, onde seu perfil chegou a 84,9 mil seguidores nos últimos dias, em decorrência da repercussão do caso, a última postagem de Juliana foi feita em 10 de junho e reunia 17 fotos retratando momentos dela na Indonésia, em meio a paisagens e atividades de lazer.
Em outra postagem, em 29 de maio, Juliana publicou uma série de 19 fotos suas naquele mês e escreveu:
"Minhas emoções esse mês foram como as curvas de ha giang. A viagem ao Vietnã começou incrível, até que, na próxima curva, tive algumas crises de ansiedade e, logo na virada seguinte, vivi uma das melhores fases dessa aventura. Fazer uma viagem longa sozinha significa que o sentir vai sempre ser mais intenso e imprevisível do que a gente tá acostumado. E tá tudo bem, nunca me senti tão viva".
*Com informações AE
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