Moraes faz campanha para Pacheco vencer no Senado

Ministro do STF tem entrado em contato com senadores e pedido voto

Por Revista Formosa

Alexandre de Moraes virou um cabo eleitoral importante no jogo de xadrez da eleição para o Senado, prevista para acontecer na próxima quarta-feira (1º).

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) vem entrando em contato com senadores eleitos pedindo voto para Rodrigo Pacheco (PSD), e intensificou suas manifestações privadas nas últimas horas.

Um senador conversou com a coluna e confirmou que recebeu a ligação de Moraes. "O ministro apenas lembrou que é preciso pacificar os três poderes e neste momento é isso que o Pacheco representa", conta o político eleito por um partido do Centrão. O senador diz que concordou com o ministro e, como estava indeciso, e diante da pressão optou por garantir ao presidente do TSE que dará o voto para Pacheco.

Assim como esta ligação, outras foram feitas pelo ministro, que entrou no circuito ativo para garantir a reeleição de Pacheco. O argumento é sempre que a vitória do Senador Rogério Marinho para o comando do Senado seria desastrosa para a democracia. Entretanto, sabe que se Marinho vencer, deixará o Senado Federal independente e não submisso ao Moraes.  

Nos bastidores, parlamentares tentam apagar o incêndio da pressão de um ministro do STF em favor de Pacheco com a alegação de medo. "O Alexandre está com medo da vitória do Marinho porque sabe que se vencer ele irá pautar o pedido de impeachment dele e pode ter votos suficientes", diz se referindo a Rogério Marinho (PL), escolhido pelo povo brasileiro como o nome da vez.

Essa mesma fonte ouvida pela coluna lembrou ainda que Moraes não é o único membro do STF em campanha por Pacheco. Tanto Gilmar Mendes quanto Ricardo Lewandovsky também entraram em contato com políticos mais próximos pedindo voto pelo atual presidente do Senado. Muitos senadores têm processos no STF e estão sendo chantageados e pressionados a votarem no Pacheco.

Levantamento de aliados revelam que Pacheco tem cerca de 5 votos à frente na disputa neste momento, e aproximadamente 14 senadores indecisos. Embora o jogo não esteja ganho, há otimismo e mesmo membros do PL consideram a vitória difícil, ainda que não impossível.

A coluna entrou em contato com a assessoria do STF, mas não obteve resposta ainda. Caso o Supremo se manifeste, o texto será atualizado.

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