Ministro do STF questiona credibilidade da delação de Mauro Cid
"Vejo com muita reserva nove delações de um mesmo colaborador", disse o ministro

Por Revista Formosa
Nesta terça-feira (25), o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), chamou o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), de delator recalcitrante.
O comentário foi feito durante o julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras sete pessoas por uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Apesar de ter sido o único ministro da Primeira Turma do STF que apresentou ressalvas na primeira etapa do julgamento, Fux teve contrapontos específicos. Em geral, parece haver alinhamento do colegiado para julgar o caso.
Luiz Fux votou com a maioria para rejeitar os pedidos do ex-presidente Jair Bolsonaro e do general Braga Netto para anular o acordo de colaboração. No entanto, ele indicou que desconfia da versão do tenente-coronel.
"Vejo com muita reserva nove delações de um mesmo colaborador, cada hora acrescentando uma novidade. Mas me reservo a analisar ilegalidade ou ineficácia dessa delação no momento específico", disse.
Segundo o ministro, Cid omitiu informações.
"A abordagem que eu fiz foi em relação à participação do colaborador. Não há nenhuma contaminação da delação por parte do Poder Judiciário. O delator cometeu omissões, tanto que completou em nove delações. O colaborador que não agiu como deveria agir, conforme determina a lei, com boa fé".
A Primeira Turma suspendeu, na terça-feira, o julgamento. A análise do caso será retomada, nesta quarta-feira (26), às 9h30. As informações são da CNN e do Blog do Fausto Macedo, do Estadão.
Siga a Revista Formosa no Instagram. Nosso canal no WhatsApp e esteja sempre atualizado! Receba as últimas notícias da Revista Formosa no Google News.




