Militares que supostamente planejaram assassinato de Lula e Moraes são presos pela PF

19/11/2024
 O general de brigada Mário Fernandes - Foto: Isac Nóbrega/PR
O general de brigada Mário Fernandes - Foto: Isac Nóbrega/PR

Por Revista Formosa

A Polícia Federal deflagrou uma nova ação, na manhã desta terça-feira,19, para prender militares que estariam envolvidos em um plano de golpe contra o resultado das eleições de 2022. A Operação Contragolpe mira em agentes das Forças Especiais do Exército, os conhecidos como "crianças pretas", e um policial federal.

Os presos

Ao todo, cinco pessoas foram presas preventivamente, quatro delas são militares do Exército, que acompanhou a ação da PF. O quinto preso é um agente da própria Polícia Federal que participou da elaboração do plano. 

Conforme apuração da coluna Aguirre Talento, do UOL, os alvos são: 

Mario Fernandes, general de brigada (na reserva) e assessor do deputado General Eduardo Pazuello (PL) que já havia sido alvo da operação Tempus Veritatis;

Helio Ferreira Lima,  tenente-coronel que já havia sido alvo da operação Tempus Veritatis;

Rodrigo Bezerra Azevedo, major;

Rafael Martins de Oliveira, major que também já havia sido preso por ordem do STF em outra operação;

Wladimir Matos Soares, policial federal.

O militares da ativa presos nesta terça estavam no Rio de Janeiro onde participavam do esquema de segurança da cúpula do G20. A informação foi confirmada pela agência de notícias internacionais AFP com uma fonte da PF que participou da operação.

Kids pretos presos pela PF: Rafael Martins de Oliveira, Hélio Ferreira Lima, Rodrigo Bezerra de Azevedo e Mario Fernandes — Foto: Arquivo pessoal e Eduardo Menezes/SG/PR
Kids pretos presos pela PF: Rafael Martins de Oliveira, Hélio Ferreira Lima, Rodrigo Bezerra de Azevedo e Mario Fernandes — Foto: Arquivo pessoal e Eduardo Menezes/SG/PR

Segundo a PF, os militares proibidos teriam elaborado um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB) . Outro alvo seria o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O plano estaria detalhado em um documento denominado "Punhal Verde e Amarelo" e o objetivo era "impedir a posse do governo legitimamente eleito nas Eleições de 2022 e restringir o livre exercício do Poder Judiciário". A ideia era que essa fase do golpe de Estado fosse colocada em prática no dia 15 de dezembro de 2022.

A Operação Contragolpe foi autorizada pelo STF e também cumpriu três mandatos de busca e apreensão e 15 medidas cautelares diversas da prisão. Os alvos estão proibidos de manter contato com os demais investigados e de se ausentar do País. Todos precisaram entregar passaportes e foram suspensos de suas funções públicas.

"O Exército Brasileiro acompanhou o cumprimento dos mandatos, que estão sendo efetivados no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal", informa a PF.

Todos os alvos são investigados pela abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado e organização criminosa.

Até o momento a Polícia Federal não apresentou nenhuma prova concreta, apenas narrativas. No início deste ano a Polícia Federal afirmou que a morte de Moraes seria por enforcamento, agora a narrativa mudou e que seria por envenenamento.

Informações: A Tarde; CNN; Revista Oeste; G1; Uol; Revista Formosa

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