Março Lilás: ginecologista alerta para prevenção do câncer de colo de útero
No mês de conscientização da doença, a médica ginecologista Jeanne Barbosa de Souza Borges fala aos leitores do FalaBarreiras sobre a importância de descobrir os casos precocemente

Por Revista Formosa
O mês de março marca um período de atenção especial à saúde da mulher. A campanha Março Lilás tem como objetivo, conscientizar a população sobre a prevenção e combate ao câncer de colo uterino. Causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV), a infecção genital por esse vírus é muito frequente e não causa doença na maioria das vezes. Entretanto, em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer.
A importância da conscientização sobre este tipo de câncer, é que na maioria das vezes ele pode ser evitado. Tema principal da campanha Março Lilás, a doença é a terceira mais frequente entre a população feminina no Brasil. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), divulgados pelo Ministério da Saúde, a previsão era que o país registrasse quase 17 mil casos de câncer de colo do útero entre 2020 e 2022.
No mês que marca a campanha de conscientização da doença, o site FalaBarreiras conversou com a médica ginecologista Jeanne Barbosa de Souza Borges para explicar a importância de manter uma rotina de exames e de descobrir possíveis casos ainda no início. "Ainda consideramos o exame de citologia oncótica também chamado Papanicolau ou PCCU o melhor método de rastreamento do câncer do colo uterino", alertou a médica.
De acordo com as Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero, lançadas pelo Inca em 2011, devem-se submeter ao Papanicolau mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos e que já tiveram atividade sexual. No entanto, ginecologistas afirmam que não há uma idade certa. Assim que se inicia a vida sexual, a mulher já deve começar a realizar a citologia. De acordo com o resultado do exame, o médico pode indicar o tratamento mais adequado, que pode incluir o acompanhamento periódico, a realização de colposcopia com biópsia para confirmar o diagnóstico ou a realização de tratamento específico para câncer de colo de útero.
Outra forma de evitar a doença é diminuir o risco de contágio pelo HPV, que ocorre por via sexual, com o uso de preservativos durante a relação. De acordo com a médica, o câncer do colo uterino, no seu início pode ser assintomático, "daí a importância do exame preventivo, porém nos estágios mais avançados, podem ocorrer corrimentos anormais, às vezes com odor fétido ou sangramento irregular associado a dores pélvicas", esclarece Dra. Jeanne.
Desse modo, o exame preventivo deve ser feito periodicamente por todas as mulheres após o início da vida sexual, pois é capaz de detectar alterações pré-cancerígenas precoces que, se tratadas, são curadas na quase totalidade dos casos, não evoluindo para o câncer. "O principal cuidado seria procurar o médico regularmente, uma vez ao ano para fazer exames preventivos e como falei não esquecer de usar o preservativo e vacinas conta HPV", destaca a ginecologista. O exame de citologia oncótica é feito no próprio consultório do ginecologista e consiste em um exame simples, rápido e indolor, apesar de que algumas mulheres podem relatar um pequeno desconforto durante o procedimento.
Por fim, a principal forma de prevenção é a vacina contra o HPV, disponível para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, em todas as Unidades de Saúde da Família, podendo prevenir 70% dos cânceres de colo do útero e 90% das verrugas genitais. "Como o câncer de colo uterino está com muita frequência associado com o vírus HPV, recomenda -se o uso regular do preservativo, assim como a vacinação contra o vírus HPV na idade preconizada em meninas de 9 a 13 anos e meninos também", conclui a médica
A médica ginecologista Jeanne Barbosa de Souza Borges atende no Instituto Lavid, na Rua Guiomar Porto, 505, Centro, Barreiras-BA. Para maiores esclarecimentos, basta agendar uma consulta pelo Tel: 3611-6200 (Whatsapp).
