Mais de 8,2 milhões vivem em áreas de risco no Brasil
Dos 825 municípios monitorados, a maioria está na região Sudeste

Por Revista Formosa
Um estudo realizado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) identificou 8,2 milhões de brasileiros vivendo em áreas de risco de deslizamento de terra e enxurradas no país. Desse total, mais de 2,5 milhões estão em áreas de alto risco e muita vulnerabilidade.
O relatório foi elaborado com base nos dados do Censo de 2010, do IBGE. Um novo panorama deve surgir com o censo que está sendo feito agora no Brasil. Segundo os pesquisadores do Cemaden, a estimativa é de que o número de brasileiros vivendo em áreas de risco deve aumentar. Considerando que a população brasileira era de 190 milhões em 2010, o porcentual que vivia em áreas de risco chegava a 4,3%.
Os mais de 8,2 milhões de brasileiros expostos viviam em quase 1,3 milhão de domicílios e 17% dessas casas sem rede de esgoto ou fossas.
Dos 825 municípios monitorados, a maioria está na região Sudeste, seguidos pelo Nordeste e Sul. Depois vem o Norte e o Centro-Oeste. Entre as cidades, Salvador, na Bahia, lidera com 1,2 milhão de pessoas em áreas de risco. Em seguida aparecem São Paulo (674 mil) e Rio de Janeiro (445 mil).
O Cemaden monitora municípios com histórico de ocorrências de desastres, em que foram registradas mortes e cidades com áreas de risco mapeadas.
Sobe para 3,5 mil número de desabrigados no litoral de SP
O número de pessoas cujas casas foram danificadas ou completamente destruídas no litoral norte de São Paulo subiu para 3,5 mil, de acordo com boletim divulgado nesta quinta-feira, 23.
Até então, a Defesa Civil contava 2,5 mil pessoas desalojadas (pessoas que estão em casa de parentes ou amigos) e desabrigados (que precisam de abrigo público). Agora, são 1,7 mil desalojados e 1,8 mil desabrigados.
A Prefeitura de São Sebastião informou que quase 1,9 mil pessoas estavam alojadas em escolas, creches, igrejas e ONGs no município. A população recebe doações de roupas e demais itens necessários, além de refeições diárias.
"Os desabrigados são acompanhados por assistentes sociais, psicólogos, técnicos sociais e equipe multidisciplinar para receber o apoio necessário", informou o município.
