Maioria dos fluminenses apoia enquadrar facções criminosas como grupos terroristas, aponta levantamento

Por Revista Formosa
Um levantamento realizado pela Genial/Quaest revelou que grande parte da população do Rio de Janeiro é favorável ao endurecimento das leis contra o crime organizado.
Segundo os dados, 72% dos entrevistados defendem que facções criminosas sejam classificadas como organizações terroristas, enquanto 85% apoiam o aumento da pena para condenados por homicídios cometidos a mando dessas quadrilhas.
Em contrapartida, apenas 24% se mostraram a favor da ampliação do acesso a armas de fogo.
A pesquisa ouviu 1.500 pessoas em 40 municípios fluminenses nos dias 30 e 31 de outubro, poucos dias após a operação policial mais letal do país. O levantamento tem margem de erro de três pontos percentuais e nível de confiança de 95%.
O estudo também avaliou a percepção sobre outras medidas de segurança. A intervenção federal por meio da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) é apoiada por 59% dos entrevistados.
Já o escritório de emergência criado em parceria entre o governo estadual e o federal para o enfrentamento ao crime organizado recebeu aprovação expressiva: 94% dos participantes consideraram a iniciativa positiva.
Entre outras propostas analisadas, o uso de câmeras corporais por policiais teve o apoio de 81% dos entrevistados, enquanto 58% disseram concordar com a adoção da pena de morte para crimes graves.
A frase "bandido bom é bandido morto" divide opiniões: 51% concordam e 49% discordam. A maioria também acredita que a legalização das drogas não reduziria a violência.
O levantamento indicou ainda mudanças na confiança das instituições. Após a operação recente, a aprovação da Polícia Militar subiu de 65% para 72%, enquanto a confiança no Judiciário caiu de 67% para 61%.
As Forças Armadas continuam com o maior índice de credibilidade, alcançando 83%.
Mesmo assim, a sensação de segurança permanece baixa: 52% dos entrevistados disseram não se sentir mais seguros após a operação, contra 35% que afirmaram o contrário.
Além disso, 74% dos fluminenses têm receio de uma retaliação das facções criminosas.
Quando questionados sobre a capacidade das forças de segurança, 48% acreditam que a polícia não está preparada para um confronto direto com as facções e 44% dizem que sim.
Já 62% consideram que a Polícia Militar não conseguiria combater o crime sozinha, enquanto 36% avaliam que seria possível.
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