Júri popular condena mulher a mais de 7 anos por matar a própria mãe em Formosa do Rio Preto
Advogado de defesa, Dr. Roberto Andrade, detalha à Revista Formosa os bastidores do caso

Por Revista Formosa
A história
Uma mulher foi condenada a 7 anos e 11 meses de prisão pelo homicídio da própria mãe, Lídia Carvalho do Nascimento, crime ocorrido em 17 de novembro de 2022, em Formosa do Rio Preto, oeste da Bahia.
O julgamento aconteceu na terça-feira, dia 10, na Comarca de Formosa do Rio Preto, no Fórum Gérson Pereira dos Santos, sob a presidência do juiz de Direito Maurício Vargas.
O Tribunal do Júri acolheu a acusação apresentada pelo Ministério Público da Bahia, representado pela promotora de Justiça Thais Lima Oliveira. Conforme a denúncia, a vítima foi morta durante uma discussão familiar.
Desde o crime, a acusada, Kailane Carvalho, estava presa preventivamente em regime domiciliar há aproximadamente três anos.
A defesa
Durante o julgamento, a defesa da acusada, representada pelo advogado Dr. Roberto Andrade, concordou com todos os pontos apresentados pelo Ministério Público, exceto quanto à qualificadora de motivo fútil.
Segundo a acusação, o homicídio teria sido motivado por um desentendimento envolvendo um biscoito.
No entanto, a defesa argumentou que o verdadeiro conflito era familiar, envolvendo divergências na criação do neto — os avós queriam criá-lo de uma forma, enquanto os pais defendiam outra.
Com os argumentos apresentados, Dr. Roberto Andrade conseguiu convencer os jurados a excluir a qualificadora de motivo fútil, prevista no artigo 121, § 2º, II, do Código Penal, o que evitou uma pena que poderia chegar até 30 anos de reclusão.
Assim, Kailane Carvalho foi condenada por homicídio simples, com pena fixada em 7 anos e 11 meses.
Como já estava presa em regime domiciliar há cerca de três anos, a defesa obteve o direito à detração penal, restando agora aproximadamente 4 anos e 11 meses a serem cumpridos em regime semiaberto.
Confira a entrevista
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