Israel freia resolução da OMS sobre situação da saúde em Gaza
Israelenses apontaram que documento se furtava em condenar postura do Hamas

Por Revista Formosa
Israel conseguiu nesta quarta-feira (29) frear a aprovação de uma resolução na assembleia anual da Organização Mundial da Saúde (OMS) que apontava graves danos causados pelo conflito entre os israelenses e o grupo terrorista Hamas para a situação da saúde na Faixa de Gaza. De acordo com Israel, a redação original do documento, proposta por países árabes, se furtava de condenar a postura dos terroristas.
A delegação israelense apresentou uma emenda ao texto solicitando a inclusão de um parágrafo pedindo a libertação incondicional dos reféns mantidos na Faixa de Gaza e condenando "o uso por grupos armados de instalações de saúde, incluindo hospitais e ambulâncias, o que coloca em risco a população civil".
A emenda foi adotada por 50 votos a favor dos Estados-membros da OMS, 44 contra e 31 abstenções (52 delegações estavam ausentes), antes que o representante egípcio, em nome dos países árabes, anunciasse que a resolução original seria retirada.
O embaixador israelense na ONU em Genebra, Meirav Eilon Shahar, acusou os patrocinadores árabes da resolução de "proteger o Hamas em fóruns internacionais" e exigiu que "condenem o uso de hospitais e do povo palestino como escudos humanos por organizações terroristas brutais".
"O grupo árabe rapidamente e retirou sua iniciativa porque não pode admitir os horrores enfrentados pelos reféns israelenses mantidos pelo Hamas em Gaza, ou condenar o uso sistemático de instalações de saúde por terroristas", acrescentou a missão israelense na ONU em comunicado.
Apesar do anúncio egípcio, a presidência da assembleia, que vai até 1° de junho, declarou que a possível resolução ainda será debatida nesta quinta-feira (30).
O documento inicialmente apresentado pelos países árabes, que contou com o apoio de delegações como China, Colômbia, Cuba, Rússia, Irã, Nicarágua, Turquia e Venezuela, falava sobre uma "crise humanitária catastrófica" nos territórios palestinos e descrevia "atos de violência contra feridos e doentes, pessoal de saúde e humanitário", bem como seus meios de transporte e equipamentos.
O texto solicitava ainda que a OMS investigasse os efeitos do conflito sobre a desnutrição da população de Gaza como resultado da prática deliberada de fome da população civil. A redação também mencionava o que considerou uma destruição arbitrária de hospitais, ambulâncias e outras infraestruturas de saúde, causando assim danos ao sistema de saúde palestino.
*EFE
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