Interior da Bahia deve gerar maioria dos novos empregos até 2030, com destaque para os municípios do Oeste baiano

28/10/2025

Regiões como Formosa do Rio Preto ganham força no novo ciclo de desenvolvimento econômico 

Produção agrícola fez PIB da região Oeste da Bahia praticamente dobrar num intervalo de 20 anos Crédito: Charles Ricardo/Pixabay
Produção agrícola fez PIB da região Oeste da Bahia praticamente dobrar num intervalo de 20 anos Crédito: Charles Ricardo/Pixabay

Por Revista Formosa

A economia baiana está passando por uma transformação marcada pela expansão do desenvolvimento para além da Região Metropolitana de Salvador (RMS). 

Segundo o estudo Desconcentração Produtiva e Interiorização, elaborado pelo economista Carlos Danilo Peres, do Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), o interior desponta como a nova fronteira de crescimento econômico do estado.

Entre 2002 e 2021, a participação da RMS no PIB baiano caiu de 45,8% para 39,4%. No mesmo período, territórios como a Bacia do Rio Grande — que abrange municípios do Oeste baiano, entre eles Formosa do Rio Preto — e o Portal do Sertão, onde está Feira de Santana, ampliaram suas participações para 8,3% e 7%, respectivamente.

O mercado de trabalho reflete essa mudança. 

Desde 2016, o número de empregos no interior supera o da RMS. Em 2024, cerca de 60% da mão de obra do estado já estava fora da capital e de seu entorno. 

A projeção da Fieb indica que, até 2030, entre 65% e 70% dos empregos industriais estarão concentrados em cidades do interior, impulsionadas por investimentos e pela diversificação produtiva.

Atenta a esse movimento, a Fieb vem ampliando sua estrutura em várias regiões da Bahia. 

O presidente da federação, Carlos Henrique Passos, destaca que o objetivo é fortalecer a indústria com mais capacitação, suporte técnico e soluções integradas, elevando a produtividade e a competitividade das empresas locais.

Até 2029, estão previstos investimentos de R$ 670 milhões em obras, ampliações e requalificações de unidades no interior. 

Entre os principais projetos estão a construção da Escola Sesi em Jequié (R$ 41,8 milhões), a ampliação da unidade de Feira de Santana (R$ 40,7 milhões), a criação da Unidade Integrada Sesi Senai em Alagoinhas (R$ 122 milhões) e a construção de uma Escola Sesi em Guanambi (R$ 47,6 milhões).

Essas iniciativas reforçam o processo de interiorização da economia baiana, que vem fortalecendo o papel dos municípios do Oeste como protagonistas do novo ciclo de desenvolvimento e geração de empregos no estado.

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