Império Fantasma: empresário cria 334 empresas de fachada e movimenta bilhões em fraudes
Jobson Antunes, usava moradores de rua como "laranjas" para obter empréstimos milionários

Por Revista Formosa
Um homem de 63 anos, que se escondia sob diversos nomes e ficou conhecido como "rei dos empréstimos", foi preso novamente após investigação da Polícia Federal revelar um esquema de fraudes que movimentou mais de R$ 2 bilhões.
Jobson Antunes Ferreira, também identificado como Afonso Martins, João Batista e outros 30 apelidos, registrou pelo menos 334 empresas que existiam apenas no papel.
Com ajuda da esposa, Cláudia Márcia, especializada em falsificação de documentos, Jobson criava empresas fantasmas em endereços reais, muitas vezes replicando o ramo de negócios de estabelecimentos existentes.
Em alguns locais, chegavam a funcionar 30 empresas no mesmo endereço. Nenhuma delas possuía funcionários ou movimentação real de produtos, mas aparentavam legitimidade contábil.
Para reforçar a aparência de credibilidade, ele recrutava "laranjas", incluindo pessoas em situação de rua, oferecendo dinheiro, benefícios e até cachaça e dentaduras.
Em depoimentos gravados, Jobson detalhava como pagava gerentes de bancos para facilitar empréstimos e como simulava pagamento das parcelas iniciais para que os golpes passassem despercebidos.
O esquema, segundo a Polícia Federal, se estendia por mais de 25 anos, com o uso de advogados, contadores e gerentes de instituições financeiras, que ajudavam a mascarar a fraude.
Em casos de linhas de crédito para empresas de energia solar, Jobson apresentava supostos clientes e endereços inexistentes, incluindo sua própria residência em Piratininga, Niterói.
O casal foi preso em um condomínio de alto padrão, e os bens adquiridos com dinheiro do esquema estão sendo investigados por lavagem de dinheiro. Eles responderão por estelionato qualificado, organização criminosa e financiamento fraudulento.
Em nota, a defesa afirmou que Jobson e Cláudia não cometeram os crimes imputados e que provarão sua inocência durante o processo.
A Febraban, por sua vez, reforçou que repudia qualquer envolvimento de funcionários de bancos em atividades criminosas e realiza treinamentos para identificar transações suspeitas.
O delegado Bruno Bastos Oliveira resumiu: "Jobson dirigia uma verdadeira empresa do crime, detalhando cada fraude sem constrangimento. Ele se gabava de suas práticas, acreditando que jamais seria alcançado pela lei."
Fonte: Fantástico
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