Henrique Meirelles, possível ministro da economia de Lula: Vai ter aumento de imposto em 2023

14/10/2022

Caso o Lula vença as eleições presidenciais, o seu possível ministro vem avisando que começará o governo aumentando impostos. 

Por Revista Formosa

O ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que segundo a revista Veja tem atuado informalmente para atrair empresários e membros do setor privado e do mercado para a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), utilizou as redes sociais, nesta quinta-feira (13), para criticar o "rombo orçamentário" deixado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), sobretudo com as "promessas de manutenção do Auxílio Brasil".

"Com um rombo orçamentário de, no mínimo, R$ 63 bilhões - resultado das promessas de manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600 e do pagamento de 13º às beneficiárias do programa - será necessário criar uma excepcionalidade fiscal em 2023 para fechar as contas. O fato é que o socorro às famílias de baixa renda ainda será imprescindível em 2023. Quem quer que esteja no comando do país terá de acomodar essas despesas, mesmo que elas tenham sido fruto de um gesto eleitoreiro", declaração do ex-ministro foi em entrevista ao portal Infomoney.

Ainda conforme a revista Veja, Meirelles tem participado de "dois a três" encontros e reuniões diários para apresentar suas perspectivas sobre uma eventual gestão de Lula. Nos encontros, o ex-ministro aponta para as graves perspectivas sobre o cenário fiscal e reafirma a intenção de que a possível gestão do petista avance em reformas, como a tributária. Henrique é cotado para voltar ao Ministério da Economia em caso de um eventual retorno do ex-presidente Lula ao Palácio do Planalto em 2023.

Ainda em meio a críticas ao rombo orçamentário do atual governo federal, Meirelles ressaltou que não vê problemas em estabelecer o socorro às famílias de baixa renda em 2023, uma vez que o próximo governo "tenha um firme compromisso com a responsabilidade fiscal à partir de 2024".

"Isso significa, entre outros fatores, que 2023 precisará ser um ano para "arrumar a casa", o que inclui a realização de reformas, a começar pela administrativa. Há caminhos para o enxugamento da máquina na esfera federal, abrindo espaço para investimentos sem ferir o equilíbrio fiscal. Sem reformas, a situação dos gastos públicos fica insustentável. Para se ter uma ideia, entre 1991 e 2016, a despesa pública do país cresceu 6% ao ano acima da inflação. Isso dobrou o percentual do PIB que é gasto com o governo. Ter um freio no crescimento dessa despesa é essencial para elevar o investimento público e manter programas sociais", completou 0 ex-ministro.

Caso o Lula vença as eleições presidenciais, o seu possível ministro da economia, vem avisando que começará o governo aumentando impostos.

Com Informações Bahia.ba; Revista Formosa