Governo cria auxílio para pacientes com câncer que viajam para tratamento e benefício pode chegar a R$ 6 mil por mês
Por Revista Formosa
O Ministério da Saúde divulgou nesta semana a criação de um novo apoio financeiro destinado a pacientes com câncer atendidos pelo SUS que precisam se deslocar para realizar sessões de radioterapia em outras cidades.
O objetivo é custear gastos de viagem e garantir que o tratamento não seja interrompido por falta de condições econômicas.
O auxílio prevê o pagamento de R$ 150 por trajeto, além de R$ 150 diários para alimentação e hospedagem do paciente e de um acompanhante.
Em tratamentos que exigem deslocamentos frequentes — como os realizados cinco vezes por semana — o valor mensal pode ultrapassar R$ 6 mil.
De acordo com o secretário de Atenção Especializada à Saúde, Mozart Salles, a ação busca diminuir o abandono do tratamento e garantir equidade no acesso.
"O benefício reduz barreiras geográficas, alivia o orçamento das famílias e assegura melhores condições para quem mora longe dos centros de referência", afirmou.
Dados do Ministério da Saúde indicam que cerca de 40% dos pacientes oncológicos do SUS precisam buscar atendimento fora do município em que vivem, o que frequentemente gera atrasos ou a interrupção das terapias.
SUS passa a financiar totalmente medicamentos contra o câncer
Outra medida anunciada pela pasta é o financiamento integral dos medicamentos oncológicos pelo SUS. Até então, parte da responsabilidade era dividida entre estados e municípios.
A mudança tem como objetivo agilizar o repasse de recursos e tornar o tratamento mais uniforme em todo o país.
Hospitais que atenderem mais pacientes terão incentivo financeiro
O governo também confirmou um novo modelo de repasses para hospitais e clínicas que realizam radioterapia.
Unidades com maior volume de atendimento receberão bônus por produtividade, por meio do Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (FAEC):
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10% a mais por procedimento para unidades que atenderem de 40 a 50 novos pacientes por acelerador linear;
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20% a mais entre 50 e 60 novos pacientes;
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30% adicionais para aquelas que superarem 60 novos pacientes.
A proposta pretende ampliar a capacidade de atendimento, especialmente em regiões com filas extensas e menor oferta de serviços especializados.
Meta é ampliar acesso e reduzir desigualdades regionais
As medidas fazem parte da estratégia nacional para fortalecer a rede oncológica e diminuir as diferenças de acesso ao tratamento no território brasileiro.
O foco, segundo o Ministério da Saúde, é garantir que nenhum paciente tenha o tratamento comprometido por dificuldades financeiras.
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