Governo Bolsonaro zera imposto de importação de etanol e de alimentos da cesta básica

22/03/2022
Segundo o Ministério da Economia, são itens que registraram crescimento de preços acima da média nos últimos 12 meses | Foto: Divulgação/Pixabay
Segundo o Ministério da Economia, são itens que registraram crescimento de preços acima da média nos últimos 12 meses | Foto: Divulgação/Pixabay

Por Revista Formosa

O governo federal zerou o imposto de importação do etanol, de seis produtos da cesta básica e bens de capital e informática para tentar conter a inflação. A medida foi anunciada na segunda-feira 21.

Café (9%), margarina (11%), queijo (29%), macarrão (14%), açúcar (16%) e óleo de soja (9%) terão, a partir de amanhã, a alíquota reduzida a zero até o fim do ano.

Segundo o Ministério da Economia, são itens que registraram crescimento de preços acima da média nos últimos 12 meses e cuja redução beneficia principalmente a população de baixa renda.

Também foi zerado o tributo sobre etanol, que era de 18%. A intenção é que, com isso, haja um impacto de R$ 0,20 no preço da gasolina, já que o etanol é misturado no combustível.

De acordo com o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz, a renúncia fiscal total será de R$ 1 bilhão com as medidas. A redução será temporária, com duração até o fim do ano.

"Desde o ano passado, a inflação se tornou um problema de natureza mundial. Isso foi resultado da recuperação econômica mundial pós-covid e dos persistentes gargalos de oferta. Esse cenário, que já era preocupante, se torna ainda mais preocupante com o advento recente da guerra entre Ucrânia e Rússia", afirmou.

A expectativa é que a medida diminua o impacto desses itens especialmente no Índice Nacional de Preços ao Consumidor - indicador de inflação voltado à baixa renda.

Bens de informática e capital

Também foi reduzido em 10% a tarifa para importação de bens de informática e capital (máquinas usadas na indústria). No ano passado, o governo já havia feito uma primeira redução de 10% para esses produtos. A medida entra em vigor a partir de abril.

"Toda indústria precisa desses bens e isso aumenta a produtividade de todo mundo", afirmou Marcelo Guaranys, secretário-executivo do Ministério da Economia.