Fraude Eleitoral Comprovada: Com medo de ser preso, Alexandre de Moraes nega investigar inserções de rádio

27/10/2022

Por Revista Formosa

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, negou no início da noite desta quarta-feira (26) o pedido da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) para investigar as irregularidades comprovadas em inserções eleitorais em emissoras de rádios, especialmente na região Nordeste.

A denúncia apresentada na noite de ontem, a campanha de Bolsonaro teve 154 mil inserções de 30 segundos a menos que o candidato do PT Lula nas emissoras de rádio.

Segundo a decisão de Moraes, o pedido do candidato do PL foi apresentado "sem base documental crível, ausente, portanto, qualquer indício mínimo de prova". "Os erros e inconsistências apresentados nessa pequena amostragem de oito rádios' são patentes", disse o ministro.

As provas apresentadas foram tão contundentes que o funcionário do Tribunal Superior Eleitoral admitiu que essas fraudes vinham ocorrendo desde 2018. Entretanto, o funcionário Alexandre Gomes Machado, de 51 anos, foi exonerado e corre risco de vida.

Segundo especialistas, as provas cabais podem levar o ministro Alexandre de Morais à prisão. Veremos nos próximos capítulos.

Denunciante investigado

Não só Alexandre de Moraes negou o pedido, ele determinou ainda que o Ministério Público investigue "possível cometimento de crime eleitoral com a finalidade de tumultuar o segundo turno do pleito", além de enviar para o corregedor-geral eleitoral, ministro Benedito Gonçalves (STJ/TSE), para investigar "eventual desvio de finalidade no uso do Fundo Partidário" na contratação da empresa Audiency, de auditoria/checagem.

Presidente do TSE, Moraes também mandou o caso da denúncia da campanha para o Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito que apura a atuação de uma "mílicia digital" que atenta contra a democracia.

Auditorias da campanha manifestam sobre decisão de Moraes

As empresas de auditoria contratadas pela campanha de Jair Bolsonaro (PL) no episódio das fraudes eleitorais  das propagandas eleitorais nas rádios se manifestaram sobre a decisão do presidente de quarta-feira (26) do TSE, Alexandre de Moraes (foto), em negar apuração do caso.

Na ação rejeitada, a campanha afirmou ao tribunal que oito emissoras de rádio no Nordeste e no Norte teriam deixado de veicular 730 inserções de propaganda de Bolsonaro.

A Audiency Brasil afirma, em nota, que citou apenas oito emissoras, porque "o objetivo foi apresentar de forma mais resumida, o que estava sendo entregue na sequência das páginas anexada ao processo", e que "todas as provas necessárias estão disponibilizadas".

"Seria impossível para um ser humano realizar a checagem, em 24h, das mais de 5mil emissoras monitoradas para a campanha. Procuramos facilitar o processo, citando apenas oito, que foram escolhidas de forma aleatória, permitindo que as partes conseguissem ouvir os áudios e tirar qualquer dúvida sobre a entrega", acrescentou.

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