Forças Armadas não entregam os cargos; Equipe de Transição questiona

17/12/2022
Foto: MD, Marcos Corrêa/PR e FAB
Foto: MD, Marcos Corrêa/PR e FAB

Por Revista Formosa

Os atuais comandantes-gerais das Forças Armadas desistiram de antecipar a saída do cargo nos próximos dias e existe a possibilidade de entregar os comandos em cerimônias separadas a partir de janeiro de 2023, após a posse do suposto presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo Superior Tribunal Eleitoral. O que vem incomodando o Ministério da Defesa, é que não houve resposta por parte do TSE, ao relatório elaborado pelos militares em que afirmam fraudes nas urnas nas eleições presidenciais.

Os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica indicaram nos bastidores da caserna o desejo de deixar a função antes da hora e chegaram a avisar os superiores - o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, e o presidente Jair Bolsonaro (PL). Mas o cenário mudou. Fontes dos bastidores do Poder, o TSE encaminhariam o Código-Fonte no final do mês de novembro. Até o momento a equipe militar não obteve acesso por ordem do ministro Alexandre de Moraes.

O gesto por parte dos Comandantes das Forças Armadas, foi visto por aliados do petista como uma hostilidade política a Lula. E a equipe de transição questiona, dúvidas ficam no ar, como se os militares não aceitassem o suposto presidente eleito. O Ministério da Defesa é o único que não aceitou militares na transição do Inácio. 

Transparência e Código-Fonte

A desarticulação da mudança antecipada foi provocada por causa do risco de isolamento na Força Aérea. O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Baptista Júnior, desmarcou a passagem de comando que já organizava em Brasília para o dia 23 de dezembro. Ele havia inclusive feito convites pessoais a oficiais amigos. 

Os comandantes do Exército, general Freire Gomes, e da Marinha, almirante Almir Garnier, não haviam escolhido uma data, nem confirmavam a decisão. Segundo militares das cúpulas das Forças, porém, a ideia era uma saída em conjunto. Fontes dos bastidores em Brasília, os comandantes aguardam ordens do Presidente Bolsonaro. 

O silêncio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a respeito do Código-Fonte incomodam os militares. Querem transparência a qualquer custo. Segundo os comandados, os brasileiros devem ser respeitados, afinal todo poder emana do povo. E é preciso dá a resposta: Transparência e acesso ao Código-Fonte.

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