Exigência de Trump à China pode prejudicar fortemente a Bahia e a região Oeste

14/08/2025

Por Revista Formosa

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse esperar que a China aumente massivamente suas compras de soja americana — declaração feita um dia antes de expirar uma trégua comercial entre os dois países, que concordaram em pausar por 90 dias uma escalada de altas em tarifas de importação.

"A China está preocupada com a sua escassez de soja", escreveu Trump na rede Truth Social nesta segunda-feira. "Espero que a China rapidamente quadruplique suas encomendas de soja. Isso também é uma forma de reduzir substancialmente o déficit comercial da China com os EUA."

Se a China quadruplicasse suas compras de soja aos Estados Unidos, isso afetaria fortemente o setor no Brasil, já que a China é nosso maior comprador. Para quadruplicar suas compras nos EUA, o país asiático teria que reduzir a compra de outros parceiros.

A Bahia seria também prejudicada, já que a soja, que é seu principal produto de exportação. A Bahia exportou cerca de US$ de 1,1 bilhão de soja entre janeiro e julho de 2025, a maior parcela destinada à China. 

A região Oeste da Bahia produz a quase totalidade da soja baiana.

Indagado sobre o assunto, o assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, disse isso seria "quase um estado de guerra contra o Brasil".

"Não vejo razão para temer que a China vá abandonar a parceria estratégica, mas é sempre preciso que haja diálogo e acho que essa informação revela quase um estado de guerra contra o Brasil. Porque não é uma coisa ganha na competição comercial, é algo que ganha na força", disse em entrevista ao programa "Roda Viva", da TV Cultura.

Todos os países, inclusive a China, estão negociando com Donald Trump, exceto o Brasil. 

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