Estados Unidos denunciam “ditadura” e exigem soltar presos políticos

05/12/2025
Daniel Ortega, ditador da Nicarágua Foto: EFE/Jorge Torres
Daniel Ortega, ditador da Nicarágua Foto: EFE/Jorge Torres

Por Revista Formosa

Os Estados Unidos cobraram, nesta sexta-feira (5), que o governo da Nicarágua promova a libertação imediata de todos os presos políticos

A administração norte-americana voltou a classificar o regime comandado por Daniel Ortega e Rosario Murillo como uma "ditadura" e afirmou que continuará acompanhando de perto a situação no país.

Em comunicado publicado na rede X, o Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado destacou que, durante o período festivo, muitas famílias nicaraguenses seguem sem notícias de parentes detidos ou desaparecidos. 

O órgão apontou que essas ausências representam "a dor diária" provocada pela repressão do governo e reiterou o pedido para que todos os detidos por motivos políticos sejam imediatamente soltos.

Segundo dados do Mecanismo para o Reconhecimento de Pessoas Presas Políticas — validados pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos — ao menos 62 opositores permanecem encarcerados no país. 

Entre eles estão 18 idosos e 28 pessoas classificadas como vítimas de desaparecimento forçado. 

Nomes históricos do sandinismo, como o ex-comandante Henry Ruiz, mantido em prisão domiciliar desde março, e o general aposentado Álvaro Baltodano Cantarero, figuram na lista.

Também seguem presos líderes indígenas como Brooklyn Rivera Bryan, Steadman Fagoth Müller e Nancy Elizabeth Henríquez, além de militares aposentados a exemplo de Carlos Brenes, Víctor Boitano, Aníbal Rivas Reed e Eddie Moisés González Valdivia.

A nova manifestação do governo dos EUA ocorre dias após o presidente Donald Trump afirmar que Nicarágua, Cuba e Venezuela estariam sob controle de "narcoterroristas". 

Já em fevereiro, o então secretário de Estado, Marco Rubio, classificou os três países como "inimigos da humanidade", acusando o governo sandinista de se transformar em uma dinastia familiar e de perseguir a Igreja Católica e outras instituições consideradas ameaças ao poder do regime.

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