en-Whatsapp Pressionado com o crescimento avassalador do Telegram, anuncia recurso de comunidades com milhares de usuários

Por Revista Formosa
O WhatsApp pressionado com o crescimento avassalador doTelegram, lança nesta quinta-feira (14) em estágio experimental um novo recurso chamado comunidades, que funcionará como um guarda-chuva abrigando vários grupos com milhares de usuários. Na prática, trata-se de um grande grupo de grupos, que pode ter milhares de membros, com toda a comunicação criptografada. Hoje, cada grupo de WhatsApp tem, no máximo, 256 integrantes. O recurso estará em teste com alguns usuários nos próximos meses.
O WhatsApp se comprometeu com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a não estrear as "comunidades" no Brasil antes do eventual segundo turno da eleição presidencial, marcado para 30 de outubro. A empresa, porém, não promete segurar o lançamento das comunidades entre o segundo turno e a posse presidencial no Brasil.
Nos Estados Unidos, na eleição presidencial de 2020, grande parte da informação que culminou na invasão do Capitólio em 6 de janeiro circulou após a votação, principalmente pelo YouTube. No Brasil, o WhatsApp foi o principal veículo de informação política na eleição de 2018. O público-alvo do novo recurso são escolas, empresas e moradores de prédios.
"Acreditamos que as comunidades tornarão mais fácil para um diretor de escola reunir todos os pais e responsáveis para compartilhar avisos importantes e criar grupos para turmas específicas e atividades extracurriculares ou voluntárias", afirma a empresa.
Mas não ficou claro como o WhatsApp impediria que as comunidades fossem usadas para fins de informação, desinformação ou sanitária. As comunidades funcionarão de forma semelhante aos aplicativos Slack e Discord.
As comunidades, a princípio, teriam limite de 10 grupos com 256 integrantes cada um -ou seja, 2.560 usuários. Mas o WhatsApp estuda aumentar o número de integrantes em grupos para 512 e elevar a quantidade de grupos em cada comunidade.
Os administradores serão responsáveis por criar e gerenciar as Comunidades do WhatsApp, escolhendo quais grupos farão parte delas e criando novos grupos. Além disso, eles também poderão remover grupos e membros da comunidade.
Os usuários poderão denunciar abusos e bloquear contatos. Para entrar em um dos grupos de uma comunidade, bastará acessar um link enviado por um administrador.
Em 2019, o WhatsApp admitiu que disparos em massa, que são oferecidos por agências de marketing intermediárias e violam as regras de uso do aplicativo, foram usados na tentativa de manipular a eleição brasileira de 2018. O TSE depois proibiu a prática.
O aplicativo reduziu de 20 para 5 o número de possíveis encaminhamentos de cada mensagem, para diminuir a viralização de informação. Em 2020, durante a pandemia de Covid, o WhatsApp estabeleceu limite de um encaminhamento para mensagens mais populares.
Will Cathcart, presidente global do WhatsApp, disse à Folha de S.Paulo que as comunidades não serão um retrocesso no combate à informação. Ele ressalta que as comunidades terão mecanismos para frear viralização -as mensagens que já foram encaminhadas só poderão ser encaminhadas novamente para um grupo de cada vez, ao invés de cinco grupos, que é o limite atual.
"Vamos começar a implementar esse recurso gradativamente, mas espero que seja uma evolução importante para o WhatsApp e para a comunicação online em geral", afirmou Mark Zuckerberg, presidente-executivo da Meta, no blog da empresa.
"Da mesma forma que os feeds sociais pegaram a tecnologia básica por trás da internet e fizeram com que qualquer um pudesse encontrar pessoas e conteúdo online, acredito que as mensagens da comunidade vão pegar os protocolos básicos por trás das mensagens entre duas pessoas e ampliá-los para que você possa se comunicar mais facilmente com grupos de pessoas para fazer as coisas em conjunto."
O aplicativo baseado em Dubai ganhou milhões de usuários depois da repercussão negativa da nova política de privacidade do WhatsApp, em janeiro de 2021, que deixou usuários inseguros em relação ao compartilhamento de suas informações com o Facebook.
Em outubro de 2021, outro episódio impulsionou a base de usuários do Telegram -WhatsApp, Facebook e Instagram ficaram fora do ar várias horas. Agência Brasil; O Tempo; Hora Brasília; Terra Brasil Notícias; Revista Formosa.
