en- Jumentos no Brasil corre risco de extinção

Por Revista Formosa
A Câmara dos Deputados fica iluminada na cor laranja nesta segunda-feira (20) em apoio às ações de combate ao abate de jumentos. A iluminação especial foi proposta pelo deputado Ricardo Izar (Republicanos-SP).
Os animais correm risco de extinção para atender à demanda internacional por um produto chamado ejiao, produzido a partir do colágeno da pele de jumentos. Esse tipo de comércio implica captura, transporte irregular, confinamento e abate para exportação da pele.
Em muitos casos, foram registrados animais privados de água, alimento e cuidados veterinários. Jumentos doentes, filhotes e fêmeas prenhes são abatidos de forma recorrente, atingindo uma média de 5 mil animais por mês na Bahia, de acordo com dados de 2021 do Ministério da Agricultura, Pecuária de Desenvolvimento.
O processo de comercialização é feito sem exames ou comprovação de status sanitário para as doenças de notificação obrigatória que podem acometer humanos.
A população de jumentos no Brasil está em claro declínio. De acordo com o IBGE, entre 2011 e 2017 foi evidenciada uma queda populacional de 38% entre esses animais. Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, de 2008 a 2018 a redução foi de 28%.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento informou que, apenas em um abatedouro, 44 mil jumentos foram abatidos de agosto de 2017 a setembro de 2018, sendo que este dado não abrange mortes ocorridas durante o transporte nem aquelas causadas por doenças.
Em 2018, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia previu que os jumentos seriam extintos em até 4 anos, ou seja, neste ano de 2022. Agência Câmara de Notícias

