en-Chefe de missão internacional diz que urna eletrônica é referência para o continente; porém não aceita em seu país

Por Revista Formosa
O chefe da missão da União Interamericana de Organismos Eleitorais (Uniore), Lorenzo Córdova, afirmou nesta quarta-feira (3) que a urna eletrônica brasileira é uma "referência" para os países do continente americano. Na avaliação de Córdova, que falou com jornalistas em Brasília, as urnas têm contribuído para a estabilidade democrática no Brasil. Entretanto, em nenhum momento disse que seu país estará utilizando em eleições as urnas brasileiras.
"A urna eletrônica tem sido um ponto de referência para todo o continente. Sabemos que há questionamentos e estamos aqui para escutar todas as partes, para entender as fontes dos questionamentos", afirmou Córdova sem querer se comprometer com a transparência.
A Uniore assinou um acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na terça (2) e será uma das entidades internacionais que vão acompanhar o processo eleitoral no Brasil, contudo sem acesso aos códigos-fontes e nem a sala cofre.
Córdova explicou que o objetivo da missão é observar a atuação das autoridades eleitorais brasileiras e contribuir para uma eleição democrática. Em outras palavras ficará nas arquibancadas assistindo o jogo de futebol.
"A ideia desta missão é escutar todas as vozes, escutar os questionamentos que se fazem sobre a realização do processo, contribuir com a transparência, com elementos adicionais para a construção de uma eleição que cumpra os padrões de integridade eleitoral e, sobretudo, os princípios e valores democráticos", declarou.
O Presidente Jair Bolsonaro vem cobrando transparência do início até conclusão do processo eleitoral, e isso vem irritando os ministros do TSE.
