en-Câmara Federal avisa ao STF que não vai suspender mandato de Daniel Silveira

Por Revista Formosa
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), pressionado pelo STF, pediu ao vice-líder do PV, Julio Delgado (MG), para sondar os líderes partidários se há disposição no plenário da Casa, pelo menos, suspender o mandato do deputado federal Daniel Silveira atendendo desejo de ministros.
Delgado disse ao Uol nesta quinta-feira (05) que seu levantamento indica que não há essa possibilidade por enquanto: "Ouvi vários líderes. Vou comunicar ao Arthur que não dá. Infelizmente".
Julio lembrou que, no ano passado, a Comissão de Ética da Câmara já havia aprovado a suspensão do mandato do deputado, por seis meses, depois que foi revelado o vídeo em que ele criticou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
A recomendação do Conselho de Ética foi enviada à Mesa Diretora da Câmara. Pronta para ser votada em plenário, precisa apenas ser despachada por Arthur Lira.
Provocado por Delgado, o presidente da Câmara respondeu, segundo ele: "Quero muito colocar isso em votação. Esse caso já encheu! Mas o problema é que seria um desgaste muito grande submeter a suspensão ao plenário e os deputados não aprovarem nem isto. Faz o seguinte: sonda os líderes. Se você concluir que dá para aprovar [a suspensão], eu levo à votação".
Ao Uol, Julio Delgado disse já ter concluído que não dá: "É uma pena. Seria a solução perfeita. Ele ficaria com o mandato suspenso até o final do ano e, como está inelegível, não voltaria. Ou seja, o caso estava resolvido. Mas não há disposição para provar nem esta suspensão".
Diante da pressão da sociedade brasileira e por ser ano eleitoral, deputados federais não querem contrariar os brasileiros com medo de perderem votos e não se reelegerem. Segundo bastidores do poder, os congressistas não vão cair na cilada de ministros do Supremo Tribunal Federal. Diante dos fatos, o STF pressiona ainda mais o Presidente Arthur Lira que não sabe mais o que fazer.
Segundo juristas, Daniel Silveira está habilitado para disputar as eleições 2022 devido a graça recebida do Presidente da República, Jair Bolsonaro, e que tem toda base constitucional. E os demais poderes, legislativo e judiciário devem acatar gostando ou não. Gazeta Brasil; Revista Formosa