Ecos do Acordeon: Sanfoneiros que fizeram e fazem história em Formosa do Rio Preto — Parte 2

12/11/2025

Por Revista Formosa

Por Mariano França, com colaboração da editoria da Revista Formosa

Se a primeira parte desta série revisitou os nomes que construíram os alicerces da música sanfoneira em Formosa do Rio Preto, esta segunda etapa traz a continuação dessa linda história, destacando aqueles que deram sequência ao som dos botões, mantendo a cultura viva e em evolução.

A sanfona, que por décadas iluminou as noites de festas ao som do gongó e do candeeiro, segue brilhando agora nos palcos iluminados e nos eventos que reúnem multidões, graças a músicos que honram o legado de seus antepassados.

Domingos Bispo (DB)

Nascido em 19 de setembro de 1943, na cidade de Santa Rita de Cássia, oeste da Bahia, Domingos Bispo começou a tocar aos nove anos, inspirado em nomes como Saraiva, Pedro Sertanejo, Abidias e Gerson Filho.

Aos 20, migrou para as sanfonas de palhetas – 48, 80 e 120 baixos – e dominou tanto o "tempo do gongó" quanto o "tempo dos amplificadores".

Foi prefeito de Formosa do Rio Preto e continua participando dos festejos religiosos, mantendo sua ligação com as tradições musicais do município.

Alvino de Gesualdo

Nascido em 5 de fevereiro de 1961, Alvino representa a ponte entre duas gerações de sanfoneiros — aqueles que tocavam à luz de candeeiros e os que abriram caminho para as bandas.

Atuou em todo o município de Formosa do Rio Preto, além do sul do Piauí, Tocantins e Distrito Federal.

Marcou presença nos festejos dos Gerais e nas celebrações de Nossa Senhora da Conceição em São Marcelo. Atualmente, reside com a família na localidade de Arroz de Baixo.

Furtonato de Sousa Dias — "Nito do Acordeon"

Filho de Pedro de Roseno, Nito nasceu em 11 de junho de 1966, no Riacho.

Iniciou a carreira ao lado do pai, nos anos 1980, quando as festas ainda eram iluminadas pelo candeeiro.

Na década seguinte, já tocava com banda, som e iluminação elétrica.

Destacou-se em grandes festas em Formosa, DF, Tocantins e Piauí. Hoje, vive na comunidade Riachão, mantendo o legado musical da família.

João Nunes — "João Sanfoneiro"

Irmão de Josefina e Domingos "Dedo de Ouro", João Nunes iniciou sua trajetória em Cristalândia (PI), e se tornou figura conhecida em Formosa do Rio Preto, tocando nas comunidades de Riachão, Gerais, Mato Grosso e São Marcelo.

É casado com Joselice, filha do saudoso Zeca Preto, e continua levando alegria aos festejos religiosos e aniversários pelo município.

Dute do Acordeon

Filho do lendário Jordelino, Dute é considerado um dos sanfoneiros mais completos e ativos da atualidade.

Sua agenda é repleta de eventos em Formosa, no sul do Piauí, Tocantins, Maranhão e Distrito Federal.

Toca em casamentos, festejos religiosos e grandes shows, sendo presença confirmada em qualquer celebração que peça um forró de qualidade.

Cal do Acordeon

Também filho de Jordelino, Cal segue os passos do pai e dos irmãos.

Além de animar festas e casamentos em Formosa, sul do Piauí e Riachão das Neves, é responsável por manter a tradição das esmolas do Coração de Jesus e do Divino Espírito Santo.

Pai do jovem sanfoneiro Felipe do Acordeon, garante que o legado siga vivo.

Genir dos Telhados

Filho de Jordelino, Genir foi tecladista da banda "Os Filhos de Jordelino", junto de Dute e Tim.

Nos dias de lazer, toca sanfona entre família e amigos, mantendo o som como expressão afetiva e cultural.

Tim com Mel

Outro herdeiro de Jordelino, Tim atua em festejos, aniversários e vaquejadas em Formosa e região.

Com energia e presença de palco, mantém a fé e a alegria do forró tradicional.

Antenor — Banda Os Meninos do Ouro

Mesmo com carreira curta, Antenor deixou sua marca. Arrastou multidões, como na 2ª Confraternização dos Irmãos França, na Fazenda Pintada, em 2018.

Faleceu em 2020, vítima da COVID-19, mas seu nome permanece entre os mais queridos da música local.

Lucas do Acordeon

Filho do saudoso Raimundo Tanger, Lucas é um dos principais nomes do acordeon no sul do Piauí e oeste baiano.

Destaca-se em eventos como a Expô Corrente e outras grandes festas regionais.

Seu estilo une técnica, alegria e raiz.

Raimundo Tanger

Pai de Lucas, Raimundo Tanger (In-memoriam) foi referência entre os sanfoneiros do Piauí, Tocantins, Maranhão e oeste baiano.

Segundo o colunista Mariano França, Tanger foi um dos grandes mestres da sanfona regional.

Em Formosa, destacou-se na inauguração do curral da Fazenda Aldeia, do prefeito Agamenon, nos anos 1980.

Kadette do Acordeon

Atuante no sul do Piauí, foi integrante da banda Espora de Prata, uma das mais reconhecidas de forró pé-de-serra da região, segundo Mariano França.

Domingos Nunes — "Dedo de Ouro"

Irmão de Josefina e João, Domingos se destacou em todo o sul do Piauí, Tocantins e Formosa do Rio Preto.

Participou dos festejos de Nossa Senhora da Conceição em São Marcelo, onde o colunista Mariano França chegou a ser seu pandeirista.

Atualmente reside em São Félix do Tocantins.

Josefina Nunes — "Sanfoneira"

Irmã de Domingos e João, Josefina é uma das raras mulheres sanfoneiras da região.

Destaca-se em festejos religiosos e tradicionais em Cristalândia, Corrente, Parnaguá, Sebastião Barros e Formosa do Rio Preto.

Tocou nos dois tempos da história: o das lamparinas e triângulos, e o dos amplificadores e luzes de palco.

Marizelio do Acordeon

Com atuação marcante em todo o sul do Piauí, Marizelio se destacou na banda "Top de Linha", onde deixou registros de grandes apresentações.

Zequinha do Acordeon

Além de sanfoneiro experiente, Zequinha é professor na escola municipal gratuita de música de Formosa do Rio Preto, vinculada à Secretaria de Cultura e Eventos.

Atua em festas de casamento, aniversários e eventos particulares.

O colunista Mariano França, inclusive, é seu aluno.

Alcione Sanfoneiro

Sem registros fotográficos, a memória popular guarda seu nome como figura importante nas festas do Gerais. Já falecido.

Val Sanfoneiro

Atuou intensamente nas décadas de 1980 e 1990, em Formosa do Rio Preto, e atualmente reside no Tocantins.

Sebastião Sanfoneiro

Nascido em Ângical, foi presença constante nas festas de Formosa nos anos 1980.

Didi de Lelé

Sanfoneiro popular e amante das reuniões familiares, Didi mora na comunidade de Arroz de Baixo, zona rural de Formosa do Rio Preto, e mantém o costume de tocar entre amigos.

Um legado que segue vivo

Entre mãos que tocaram na luz do candeeiro e outras que hoje brilham sob os holofotes dos palcos, a sanfona continua sendo o som que une gerações em Formosa do Rio Preto.

Cada músico, com seu jeito, sua história e sua devoção à música, ajuda a manter viva essa tradição que é orgulho do oeste baiano.

📸 Se você, leitor, tiver fotos, gravações ou memórias destes sanfoneiros, envie para o acervo da Revista Formosa.

Sua contribuição ajuda a preservar essa história que ainda está sendo escrita.

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Ecos do Acordeon: Sanfoneiros que fizeram e fazem história em Formosa do Rio Preto — Parte 2 A sanfona continua ecoando forte na cultura de Formosa do Rio Preto/BA. Depois do sucesso da primeira parte da série Ecos do Acordeon, a nova edição traz os nomes que deram continuidade à tradição sanfoneira, mantendo vivo o som que embala o oeste baiano há décadas. Figuras como Domingos Bispo, Alvino de Gesualdo, Nito do Acordeon, João Nunes, Dute, Cal, Genir, Tim com Mel, Antenor, Lucas e Raimundo Tanger, Kadette, Domingos Nunes “Dedo de Ouro”, Josefina Nunes, Marizelio, Zequinha, Alcione, Val, Sebastião e Didi de Lelé são destaques desta segunda parte, cada um com sua história, seu estilo e sua contribuição para o forró e para a música regional. Matéria Completa: https://www.revistaformosa.com/l/ecos-do-acordeon-sanfoneiros-que-fizeram-e-fazem-historia-em-formosa/

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Ecos do Acordeon: Sanfoneiros que fizeram e fazem história em Formosa do Rio Preto — Parte 2 A sanfona continua ecoando forte na cultura de Formosa do Rio Preto. Depois do sucesso da primeira parte da série Ecos do Acordeon, a nova edição traz os nomes que deram continuidade à tradição sanfoneira, mantendo vivo o som que embala o oeste baiano há décadas. Figuras como Domingos Bispo, Alvino de Gesualdo, Nito do Acordeon, João Nunes, Dute, Cal, Genir, Tim com Mel, Antenor, Lucas e Raimundo Tanger, Kadette, Domingos Nunes “Dedo de Ouro”, Josefina Nunes, Marizelio, Zequinha, Alcione, Val, Sebastião e Didi de Lelé são destaques desta segunda parte, cada um com sua história, seu estilo e sua contribuição para o forró e para a música regional. Matéria Completa: https://www.revistaformosa.com/l/ecos-do-acordeon-sanfoneiros-que-fizeram-e-fazem-historia-em-formosa/

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