Correios lançam plano de reestruturação com previsão de 15 mil demissões voluntárias

27/12/2025
Imagem/Darlan Alves
Imagem/Darlan Alves

Por Revista Formosa

Os Correios avançaram em um plano de reorganização administrativa que prevê a adesão de até 15 mil empregados a programas de desligamento voluntário nos próximos dois anos. 

A iniciativa está associada a um financiamento de R$ 12 bilhões firmado na sexta-feira (26) com um grupo de bancos formado por Bradesco, Itaú, Santander, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.

O empréstimo, que conta com garantia do Tesouro Nacional, deverá ser liberado até a próxima terça-feira (30) e será utilizado para cobrir compromissos considerados imediatos, como salários em atraso e o pagamento de precatórios. 

O acordo foi formalizado por meio de uma edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

Com prazo de amortização de 15 anos e vencimento estimado para 2040, o crédito é apontado como essencial para a atual gestão da estatal. 

Emmanoel Rondon, que assumiu a presidência dos Correios em setembro, recebeu a incumbência de conduzir a empresa a um cenário de equilíbrio financeiro após sucessivos prejuízos.

Plano de reestruturação

A liberação dos recursos está condicionada à execução de um plano de reestruturação considerado rigoroso pelo governo federal, que tem como meta o retorno da estatal ao lucro a partir de 2027. Entre as principais medidas anunciadas estão:

  • Programa de demissão voluntária: previsão de desligamento de 15 mil trabalhadores, sendo 10 mil em 2026 e outros 5 mil em 2027;

  • Redução da rede física: encerramento de cerca de mil agências em todo o país;

  • Parcerias com a iniciativa privada: ampliação de acordos estratégicos para melhorar a eficiência logística, caracterizando uma privatização parcial.

Investimentos e modernização

Além de quitar dívidas urgentes, parte do financiamento será direcionada ao reforço do capital de giro e a investimentos em tecnologia. 

A estratégia busca modernizar a estrutura operacional dos Correios e ampliar a competitividade no segmento de entregas voltado ao comércio eletrônico, hoje dominado por empresas privadas.

Com a garantia da União, a estatal ganha margem para colocar em prática as mudanças previstas. 

No entanto, o plano enfrenta críticas e resistência de sindicatos, principalmente devido ao volume de desligamentos projetado para os próximos dois anos.

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