Bolsonaro rebate PF e afirma que Adélio não agiu sozinho
Saiba quem é o advogado que atuou na defesa de Adélio Bispo suspeito de ter ligações com o PCC

Por Revista Formosa
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou à CNN nesta terça-feira (11) que não concorda com a afirmação da Polícia Federal (PF) de que Adélio Bispo agiu sozinho.
"O delegado, dono da investigação, que concluiu o caso do Adélio, é diretor da PF, cuja diretoria está 100% empenhada em me perseguir. O Adélio tem passagem pela Câmara, e a PF não investigou; o Adélio foi atrás do Carlos [Bolsonaro] em Santa Catarina, em uma escola de tiro; quem pagou a passagem para ele? Como ele sabia dessa informação? Ninguém investigou. Se fosse alguém da direita, iriam revirar a vida da pessoa. Infelizmente, uma parte da Polícia Federal, hoje, é resultado de uma PF que tem lado."
A CNN questionou a Polícia Federal sobre as falas de Bolsonaro, mas a instituição preferiu não comentar.
Saiba quem é o advogado alvo da PF que defendeu Adélio e Bola

O advogado Fernando Costa Oliveira Magalhães, que atuou na defesa de Adélio Bispo, é um profissional criminalista de Minas Gerais que mantém um escritório na cidade mineira de Lagoa Santa. Ele atua em várias áreas além de criminal, como família, trabalhista, civil, comércio exterior e outras. As informações são do UOL.
O nome do profissional de Direito passou a ser destaque na imprensa nesta terça-feira (11) após uma operação da Polícia Federal (PF) que aponta para uma suposta ligação entre Magalhães e Primeiro Comando da Capital (PCC).
A PF encontrou indícios de que o advogado esteve envolvido na lavagem de dinheiro para o PCC, utilizando recursos provenientes do tráfico de drogas. Apesar desta ligação, as investigações concluíram que não há evidências de que a facção criminosa tenha financiado a defesa de Adélio.
Além de defender o ex-filiado do PSOL, Fernando Costa Oliveira Magalhães também defendeu o ex-policial militar Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como "Bola", no processo relacionado ao homicídio e ocultação do cadáver de Eliza Samudio, modelo e ex-amante do goleiro Bruno Fernandes. O crime ocorreu em 2010, e Bola foi condenado a 22 anos de prisão em 2013.
Doador anônimo e autopromoção
Magalhães não defendeu Adélio Bispo sozinho, outros três advogados trabalharam no caso: Zanone Manuel de Oliveira Junior, Pedro Augusto de Lima Felipe e Possa, e Marcelo Manoel da Costa. A investigação da PF apontou que todos eles buscaram notoriedade pública ao defender Adélio. Em entrevista à BBC Brasil em 2018, Oliveira Junior admitiu que aceitar o caso fazia parte de uma estratégia de autopromoção profissional. Os honorários advocatícios foram pagos por um doador anônimo.
Ligação com o PCC
Na operação deflagrada nesta terça, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em cidades mineiras, incluindo Pará de Minas, Lagoa Santa e São José da Lapa. Itens como uma aeronave com as iniciais de Fernando Magalhães na fuselagem, avaliada em cerca de R$ 1 milhão, foram apreendidos por suspeita de origem criminosa. Além disso, bens no valor total de R$ 260 milhões foram bloqueados, e 24 estabelecimentos comerciais tiveram suas atividades lacradas e suspensas.
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