Bahia: Rui Costa diz que não vai pagar reajuste dado por Bolsonaro aos professores; Sindicato é contra atitude do Governador

07/02/2022

Por Revista Formosa

A classe de trabalhadores da Educação, os professores da educação básica aguardam ansiosos que os governadores e prefeitos cumpram a determinação anunciada pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro acerca dos 33,24% no piso salarial dos docentes.

O Governador da Bahia, Rui Costa disse que não vai pagar o reajuste dado pelo Presidente aos Professores e vai na justiça tentar suspender. É visível a preocupação do governador, o reajuste beneficia e muito os professores que reconhecerão o Presidente pela ousada atitude em valorizar uma classe tão desvalorizada no País.
"Não vou pagar, não tem dinheiro! Vamos buscar suspender esse aumento" - Disse Rui Costa governador da Bahia.

Os sindicatos são contra atitude política de Rui Costa, porém até o momento não houve nenhum movimento pressionando o Governador a cumprir a Lei do Piso do Magistério. O Deputado Federal Eduardo Bolsonaro vem criticando a postura desses sindicatos. 

Piso Nacional x Confederação Nacional de Municípios


Depois de assinada a portaria do reajuste pelo presidente Bolsonaro, a Confederação Nacional de Municípios voltou a dizer que se for pago, o aumento vai impactar os municípios, em mais de R$ 30 bilhões, o que colocaria "os entes locais em uma difícil situação fiscal". Além disso, o reajuste, "pode implicar no descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal por muitos municípios".

O Ministro da Educação, Milton Ribeiro, comentou que prefeitos e governadores alegaram dificuldades em repassar o acréscimo. Segundo ele, o "dinheiro existe e o governo federal pode ajudar", então é só pedir ajuda, a complementação e cumprir a Lei do Piso.

Para o professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo e dirigente da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, "não há justificativa para os prefeitos não cederem o reajuste do magistério".

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação considera "descabidas" as considerações da Confederação Nacional dos Municípios e disse que vai acionar a justiça. A entidade educacional argumenta ainda que "nunca faltará verba para os reajustes".

O piso salarial dos professores da educação básica tem origem no Fundeb, Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. Desde 2020, o fundo "foi instituído como instrumento permanente de financiamento da educação pública", com base em lei nacional. O reajuste do piso é calculado com base no valor por aluno do Fundeb. O reajuste de 33% conta, também, com a variação da inflação nos últimos anos. Com informações Jornalista Maurício Gohmes; Agência Brasil; Revista Formosa.