Bahia pode ficar sem combustível

22/04/2024

Acelen admite produção reduzida. Saiba mais

Foto: Divulgação/Acelen
Foto: Divulgação/Acelen

Por Revista Formosa

O combustível na Bahia pode acabar faltando por deslizes da Acelen, conforme indicou uma denúncia encaminhada ao Sindipetro-BA. De acordo com a queixa, algumas unidades da Refinaria de Mataripe, administrada pela empresa, estão paradas ou apresentando problemas operacionais que teriam sido provocados pelas fortes chuvas na região. Em nota, a Acelen admitiu o problema.

A denúncia, compartilhada pelo categoria, indicou que com a tentativa de retomar a operação das unidades, um compressor da Unidade-39 (U-39) apresentou problemas, "impossibilitando o retorno do craqueamento do petróleo (um processo químico que transforma frações de cadeias carbônicas maiores em frações com cadeias carbônicas menores)".

O texto detalha que a situação com a U-39 esvaziou o estoque de combustíveis e chegou a seu nível mínimo. O caos fez com que a Acelen chamasse de volta um navio, que acabara de ser carregado com GLP (gás de cozinha), para devolver o produto.

Para o sindicato, o receio é com o impacto no abastecimento das distribuidoras, pois a previsão para a volta do craqueamento na U-39 seria de 10 dias, correndo risco de faltar os produtos no mercado baiano.

Além disso, o Sindipetro também chamou a atenção sobre outro grande problema que é a redução do efetivo de trabalhadores na refinaria, após demissões feitas pela Acelen.

"A entidade sindical alerta para a sobrecarga de trabalho que recaiu sobre aqueles que permanecem na refinaria e para o clima de apreensão que tomou conta da empresa, pois há ameaças de que as demissões continuem", ressaltou em comunicado, acrescentando que o grupo já advertiu a Acelen para o perigo desse cenário, mas que não houve nenhuma movimentação por parte da empresa.

Confirmada essa situação na Refinaria de Mataripe e não adotadas medidas que resolvam os problemas, há grande risco de desabastecimento de gás de cozinha e combustíveis na Bahia, revelou a categoria.

Acelen admite produção reduzida e Bahia pode ficar sem combustível

Foto: Olga Leiria | Ag. A TARDE
Foto: Olga Leiria | Ag. A TARDE

A Acelen, responsável pela administração das unidades da Refinaria de Mataripe, admitiu, neste domingo, 21, a capacidade reduzida das unidades na Bahia, após denúncia recebida pelo Sindipetro-BA. O problema pode acarretar em falta de combustíveis no estado.

Em nota ao Portal A TARDE, a instituição confirmou que as unidades responsáveis pela produção de gasolina e GLP, de fato "encontram-se em manutenção não-programada. O que reduziu a capacidade produtiva da refinaria".

A companhia também citou que investiu mais de R$ 2 bilhões na revitalização e recuperação da Refinaria de Mataripe, com um programa de modernização.

No entanto, apesar do valor aplicado, as unidades da refinaria estão paradas ou apresentando problemas operacionais que teriam sido provocados pelas fortes chuvas na região e por isso, os combustíveis podem acabar faltando no estado, conforme a queixa encaminhada ao sindicato.

A denúncia à categoria também detalhou que com a tentativa de retomar a operação, um compressor da Unidade-39 (U-39) apresentou problemas, "impossibilitando o retorno do craqueamento do petróleo (um processo químico que transforma frações de cadeias carbônicas maiores em frações com cadeias carbônicas menores)".

De acordo com o comunicado ao Portal A TARDE, "a empresa está adotando todas as medidas possíveis com vistas a reduzir a possibilidade de impacto no fornecimento dos produtos ao mercado, o que inclui compra de carga extra de GLP para reforçar os estoques e suprir o fornecimento durante a parada não-programada".

A Acelen ainda disse que seu CIM-Centro de Manutenção Integrada, por meio de IA, já responde a ocorrência "de maneira ágil e assertiva, pois permitiu diagnósticos mais precisos e seguros para atuação das equipes de manutenção, que preveem normalização da operação em nove dias".  

Fonte: A Tarde 

Conheça a Acelen

Receba as últimas notícias da Revista Formosa no seu WhatsApp e esteja sempre atualizado! Basta acessar o nosso canal: CLIQUE AQUI! . Siga a Revista Formosa no Google News.