Bahia ocupa 4º lugar em ranking nacional de áreas de risco para exploração sexual infantil em estradas
Barreiras foi a cidade baiana com mais pontos de vulnerabilidade de exploração sexual infanto-juvenil, com 91 locais com riscos.
Por Revista Formosa
A Bahia contabilizou 964 pontos classificados como vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes em suas rodovias federais no período de 2023 a 2024. Os dados fazem parte da nova edição do levantamento Mapear, realizado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Com esse número, o estado ocupa a quarta posição no ranking nacional, ficando atrás apenas de Minas Gerais (3.581), Piauí (2.496) e Santa Catarina (1.333).
Segundo o estudo, 4,3% dos pontos mapeados na Bahia foram considerados críticos e outros 15,8% (152 locais) apresentaram risco alto. A maioria, cerca de 80% (771 áreas), foi classificada entre risco médio e baixo.
Os locais mais recorrentes nas estradas baianas foram postos de combustíveis, que responderam por 44,19% dos registros (426 áreas). Em seguida, aparecem restaurantes e pontos de alimentação (163 locais), bares (155) e, em menor número, pontos de prostituição (5).
Entre as rodovias, a BR-116 foi a que concentrou a maior quantidade de áreas de vulnerabilidade, seguida pela BR-101, com 164 pontos, e pela BR-020, que somou 142 registros.
No recorte municipal, Barreiras lidera a lista com 91 locais, seguida por Correntina (60), Vitória da Conquista (44), Feira de Santana (43) e São Desidério (35).
Em âmbito nacional, o estudo identificou 17.687 áreas de risco em 2023-2024, número que representa um aumento de 83,2% em relação à edição anterior (2021-2022).
Na Bahia, a elevação foi ainda maior: quase 98%, já que no último levantamento haviam sido encontrados 487 pontos.
Como o levantamento é feito
O Mapear não indica ocorrências confirmadas de exploração sexual, mas sim locais que, pelas suas características, podem favorecer a prática do crime. O objetivo é prevenir e orientar ações de enfrentamento.
A classificação de vulnerabilidade é atribuída por meio de um questionário preenchido em campo pelos agentes da PRF, que retornam ao mesmo ponto em diferentes horários e dias, considerando que um local pode apresentar cenários distintos ao longo do tempo.
A iniciativa é realizada em cooperação com a ONG Childhood Brasil, organização internacional que atua em diversos países na proteção da infância contra abuso e exploração sexual.
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