Argentina e Paraguai reforçam fronteiras e classificam facções brasileiras CV e PCC como terroristas

Por Revista Formosa
Após a deflagração da Operação Contenção, no Rio de Janeiro, que teve como alvo o Comando Vermelho (CV), os governos da Argentina e do Paraguai anunciaram o reforço imediato da segurança nas fronteiras com o Brasil.
As duas nações também passaram a classificar as facções CV e PCC (Primeiro Comando da Capital) como organizações narcoterroristas, intensificando a cooperação internacional no combate ao crime organizado.
A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, afirmou nas redes sociais que determinou o envio de mais tropas federais para as regiões fronteiriças "como medida preventiva para proteger os argentinos diante de uma possível fuga de criminosos".
Em um documento encaminhado à Secretaria de Segurança Nacional, Bullrich orienta as forças de segurança a manter contato direto com autoridades brasileiras e paraguaias para uma atuação coordenada.
No texto, ela se refere aos integrantes das facções brasileiras como "narcoterroristas", destacando o risco de expansão de suas atividades pela América do Sul.
O governo paraguaio também reforçou o policiamento e o controle migratório ao longo da fronteira desde a última terça-feira (28), após um alerta emitido pelo Comando Tripartite da Tríplice Fronteira, mecanismo que integra os três países no combate ao crime transnacional.
Em comunicado, o Conselho de Defesa Nacional do Paraguai (Codena) informou que as medidas visam impedir a entrada de criminosos que possam ter escapado da operação no Rio. "As forças de segurança nacionais estão em alerta máximo e executam ações preventivas em toda a fronteira", declarou o órgão.
Operação Contenção
A operação conjunta das polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro resultou em cerca de 120 mortos, incluindo quatro policiais, segundo o balanço mais recente. Foram 113 prisões efetuadas, sendo 33 de pessoas procuradas em outros estados.
Além disso, 118 armas de fogo e uma tonelada de drogas foram apreendidas.
Com 2,5 mil policiais mobilizados, a ação foi a mais ampla e letal realizada no estado em 15 anos. Os intensos tiroteios provocaram pânico entre os moradores, além do fechamento de escolas, comércios e unidades de saúde nas regiões afetadas.
Organizações de direitos humanos e o Presidente Lula da Silva criticaram a operação, relatando casos de execuções e corpos encontrados nas matas próximas aos complexos da Penha e do Alemão.

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