Ao tentar proteger a mãe, crianças são mortas a marretadas pelo padrasto, aponta polícia

26/12/2025
Victor Hugo Lima dos Santos, de 8 anos, Luiz Henrique Lima dos Santos, de 6, e Eduardo Felipe Lima dos Santos, de 10, Crédito: Arquivo pessoal
Victor Hugo Lima dos Santos, de 8 anos, Luiz Henrique Lima dos Santos, de 6, e Eduardo Felipe Lima dos Santos, de 10, Crédito: Arquivo pessoal

Por Revista Formosa

Uma mulher e três crianças foram encontradas mortas em uma fazenda na zona rural de Jaboticabal, no interior de São Paulo. 

As vítimas, enterradas em valas abertas em uma área de mata próxima à residência da família, foram identificadas como Sabrina de Almeida Lima, de 27 anos, e seus filhos Eduardo Felipe Lima dos Santos, de 10, Victor Hugo Lima dos Santos, de 8, e Luiz Henrique Lima dos Santos, de 6.

De acordo com a Polícia Civil, o crime foi cometido pelo companheiro de Sabrina, o caseiro Milton Gonçalves Filho, de 48 anos, com a participação do filho dele, Leonardo Gonçalves. 

Ambos confessaram os assassinatos e tiveram a prisão preventiva decretada.

Segundo os depoimentos, o ataque aconteceu na noite de 18 de dezembro, na área externa da casa onde todos moravam. 

Leonardo relatou que matou Sabrina com golpes de facão após uma discussão entre ela e Milton. Ele alegou que a mulher teria avançado contra o pai e que agiu para defendê-lo.

Ainda conforme a versão apresentada pelos suspeitos, Victor Hugo correu em direção à mãe para tentar protegê-la e acabou atingido na cabeça com uma marreta, golpe desferido por Milton. 

Em seguida, os outros dois irmãos também foram mortos pelo padrasto com a mesma ferramenta. Todas as vítimas morreram no local.

Após o crime, pai e filho desligaram a energia elétrica da residência para evitar registros das câmeras de segurança. Depois, colocaram os corpos em sacos utilizados para silagem e os transportaram até uma área de mata, onde cavaram covas rasas para ocultá-los. 

Durante as investigações, a polícia informou ainda que os dois confessaram envolvimento na morte de uma ex-companheira de Milton, desaparecida desde outubro do ano passado.

Desaparecimento e contradições

Sabrina e as crianças estavam desaparecidas desde a quinta-feira (18). Inicialmente, Milton afirmou à família e à polícia que a companheira havia saído de casa para usar drogas e levado os filhos. 

O registro oficial do desaparecimento só foi feito no sábado (20), após familiares procurarem a polícia.

O delegado Oswaldo José da Silva afirmou que Sabrina foi morta no mesmo dia em que o suspeito relatou o suposto desaparecimento. Segundo ele, Milton contou que encontrou a mulher fora de casa, que ela teria se recusado a retornar e, a partir disso, decidiu matá-la. 

As crianças, que estavam com a mãe, também foram assassinadas para não se tornarem testemunhas.

Familiares relataram desconfiança desde o início. O tio de Sabrina, Anderson, disse que ela esteve com parentes dias antes e que Milton visualizou mensagens da família sem responder. Para ele, a postura do suspeito reforçou as suspeitas.

As buscas começaram no domingo (21) e envolveram equipes do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Samu e um grupo especializado em resgates, com apoio de cão farejador. 

Na terça-feira, Milton indicou aos policiais os locais onde os corpos estavam enterrados.

Durante a operação, foram apreendidos a marreta, o facão e uma pá usados no crime.

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