Alckmin desmente Lula: ‘Imposto sindical não vai voltar’

Por Revista Formosa

Vice-presidente eleito e coordenador da transição, Geraldo Alckmin (PSB) garantiu a empresários que a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não pretende revogar reformas realizadas em governos anteriores ou retomar o imposto sindical. 

"Não tem nenhuma reforma a ser desfeita", disse o ex-tucano neste sábado (26), no fórum Esfera Brasil, no Guarujá (SP), durante participação em uma mesa redonda com os empresários Abílio Diniz e André Esteves, o presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

"A reforma trabalhista [aprovada no governo de Michel Temer] é importante. Não vai voltar o imposto sindical e não vai voltar [a regra do] legislado sobre o acordado", acrescentou Alckmin, ao desmentir as falas de Lula e do PT, que durante a campanha citaram que iria revogar a reforma trabalhista.

Apesar das declarações para tranquilizar o mercado, o vice-presidente eleito pontuou que o governo vai se empenhar para garantir direitos às pessoas que trabalham via aplicativos. "Nós estamos frente a uma questão de plataformas digitais que precisam ser verificadas. Quando se tem um menino entregador de lanche que não tem descanso semanal, não tem saúde, não tem aposentadoria, não tem nada, é preciso aprofundar essas coisas", disse.

Na ocasião, ele frisou o compromisso do governo Lula com a responsabilidade fiscal, mas também com a luta contra a desigualdade social. "Rigor fiscal é obra interminável", disse. "A tecnologia torna o capital muito mais relevante do que o trabalho e a preocupação social que existia no passado tem que ser muito maior agora", defendeu.

Petistas defendem que Lula segura o protagonismo do seu vice-presidente Geraldo Alckmin. Aliados reclamam que, como coordenador da transição, o vice eleito passou a ter um 'protagonismo exagerado'. A crise nos bastidores vem aumentando. Nem assumiram o possível governo, e o vice já está desmentindo as promessas de campanha publicamente do presidente supostamente eleito pelo TSE.

Com informações da coluna Radar, na Veja; Revista Formosa; Bahia.ba