Acadêmicos da UFT apresentam projeto ATAC Júnior durante o lançamento da AgroFormosa 2026

20/12/2025
 Imagem/AgroFormosa
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Por Revista Formosa

A Revista Formosa entrevistou os acadêmicos da Universidade Federal do Tocantins (UFT) — o formosense Davi Oliveira Vidal (Formosa do Rio Preto-BA), Hygor Godoi (São Miguel do Araguaia-GO) e Elielton Chaves (Gajaú-MA) — que participaram do lançamento oficial da AgroFormosa 2026, realizado na quinta-feira (11), no auditório do CETEP Almir Teixeira, em Formosa do Rio Preto, oeste da Bahia.

Os acadêmicos da UFT estudam na cidade de Gurupi-TO e, durante a apresentação na AgroFormosa, abordaram o tema ATAC – Assessoria Técnica do Agronegócio do Cerrado: Formação Profissional e Inovação no Setor Agropecuário.

Cada universitário teve um tempo específico na apresentação do trio. Uma plateia atenta acompanhou o projeto apresentado.

Confira, na íntegra, a entrevista e, ao final, assista ao vídeo da apresentação na AgroFormosa.

Revista Formosa: Para começar, o que é a ATAC Júnior/UFT, como ela surgiu dentro da universidade e qual é o seu principal objetivo?

Universitários: A ATAC Júnior/UFT é a Empresa Júnior do curso de Agronomia da Universidade Federal do Tocantins. Ela surgiu a partir da percepção dos próprios estudantes, especialmente daqueles que estavam próximos de concluir o curso, de que ainda havia muita insegurança ao entrar no mercado de trabalho e no campo. 

Muitos alunos sentiam dificuldade em chegar a uma propriedade rural, lidar com máquinas, tomar decisões práticas e até mesmo se comunicar profissionalmente com produtores e empresas.

Essa realidade está ligada a um déficit de atividades práticas durante a graduação, principalmente no que diz respeito à vivência de campo e ao uso de máquinas agrícolas. Diante disso, a ATAC foi criada como uma forma de preencher essa lacuna. 

Com a formalização da empresa, por meio do CNPJ, os estudantes passaram a ter mais credibilidade e facilidade para se aproximar de produtores e empresas, desenvolver projetos reais e vivenciar, na prática, a rotina do agrônomo.

O principal objetivo da ATAC é justamente transformar essa insegurança em preparo, formando profissionais mais confiantes, capacitados e prontos para se destacar no mercado de trabalho.

Acadêmico Davi Oliveira Vidal - Imagem/AgroFormosa
Acadêmico Davi Oliveira Vidal - Imagem/AgroFormosa

Revista Formosa: Como foi o convite para participarem da AgroFormosa 2026 e o que representa para vocês estar em um evento desse porte?

Universitários: Tive a honra de conversar com Hélio Justo, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais, e apresentar o trabalho da nossa Empresa Júnior. Foi gratificante ver o interesse dele em expandir essa ideia para Formosa do Rio Preto.

Estar presente neste evento é estratégico. A cada ano, o município prova sua força no agronegócio e, para nós, essa vivência é essencial para fortalecer o networking. Isso mostra a integração do Matopiba: fronteiras geográficas não limitam o nosso bioma e o nosso potencial produtivo.

Formosa do Rio Preto é referência nacional em soja e algodão e um gigante no PIB do agro. Marcar presença no lançamento da AgroFormosa 2026 — que já está com a estrutura do novo parque em andamento — é um passo importante para nós.

Revista Formosa: Qual projeto vocês apresentaram ao público durante a feira e que demanda do agronegócio ele busca atender?

Universitários: Na feira, a gente apresentou alguns dos projetos que a ATAC Júnior já vem desenvolvendo na prática. Um deles foi a análise de solo, que hoje é um dos trabalhos que a gente mais realiza, junto com o mapeamento de áreas. 

Esses mapas são feitos com o auxílio de aplicativos e ajudam tanto na parte agrícola quanto na pecuária, facilitando o planejamento da área e a tomada de decisões no campo.

Outro ponto que a gente levou para a feira foi o trabalho que estamos fazendo atualmente em uma área de milho dentro da UFT. 

Nesse projeto, os alunos acompanham todo o processo, desde o preparo do solo e o plantio até o manejo da cultura, com aplicação de herbicidas, inseticidas e demais práticas do dia a dia da lavoura.

Esses projetos atendem a uma demanda muito clara do agronegócio, que é a necessidade de profissionais que saibam realmente como funciona o campo na prática. 

A ideia é justamente unir o que a gente aprende na sala de aula com a vivência real, deixando o aluno mais preparado e confiante para o mercado de trabalho.

Acadêmico Hygor Godoi - Imagem/AgroFormosa
Acadêmico Hygor Godoi - Imagem/AgroFormosa

Revista Formosa: De forma prática, como funciona esse projeto e quais benefícios ele pode gerar para produtores e para o desenvolvimento regional?

Universitários: Na prática, a ATAC Júnior funciona por meio do desenvolvimento de projetos e atividades técnicas realizadas pelos próprios estudantes, sempre com orientação de professores e profissionais da área. 

Os alunos vão a campo, fazem diagnósticos, levantamentos e acompanham a execução das atividades, vivenciando situações reais da rotina do agrônomo.

Para os produtores, isso gera benefícios diretos, como o acesso a serviços técnicos, orientação e soluções adaptadas à realidade local, além de uma maior aproximação com a universidade. 

Já para o desenvolvimento regional, o projeto contribui para a formação de profissionais mais qualificados, que entendem as demandas do campo e permanecem atuando na região, fortalecendo o setor agropecuário, estimulando a inovação e promovendo uma agricultura mais eficiente e sustentável.

Revista Formosa: Davi, qual foi a sua contribuição específica dentro do projeto e o que você apresentou ao público?

Davi: Minha atuação foi focada na articulação institucional e na estratégia de expansão. Identifiquei a oportunidade de levar a expertise da nossa Empresa Júnior para além das divisas do estado, visando novos horizontes e um networking qualificado para a equipe.

Como eu já mantinha um relacionamento prévio com o presidente Hélio Justo, viabilizei essa ponte com o Sindicato Rural, apostando na sinergia entre a nossa academia e o mercado local.

A logística foi desafiadora: viajamos oito horas de Gurupi a Formosa durante a madrugada para estar no lançamento, e isso apenas reforçou nosso compromisso. 

Na minha apresentação, detalhei as diretrizes jurídicas e organizacionais, exemplificando nossa empresa e como trabalhamos internamente com todas as diretorias.

Encerrei minha participação exaltando o protagonismo de Formosa do Rio Preto, que hoje é, indiscutivelmente, um dos motores do PIB agropecuário nacional. 

Diante dessa grandeza e da estrutura do novo parque, reafirmei nosso firme propósito de somar forças na AgroFormosa 2026. 

Queremos que nossa empresa júnior faça parte ativa dessa história, contribuindo tecnicamente para um evento que já nasce gigante.

Revista Formosa: Hygor, qual parte do projeto ficou sob sua responsabilidade e por que ela é importante?

Hygor: Fui o responsável por apresentar o portfólio de soluções da nossa empresa. Destaquei nossos principais serviços, como a análise de solo, o mapeamento de áreas e, mais recentemente, o nosso projeto de manejo na cultura do milho.

Ressaltei que a execução desses projetos é vital em duas frentes: primeiro, para garantir a saúde financeira e a autossutentabilidade da Empresa Júnior, permitindo que continuemos operando com independência. 

Segundo, e mais importante, para consolidar o aprendizado dos membros, transformando a teoria da sala de aula em vivência prática no campo.

Revista Formosa: Elielton, o que você explicou na apresentação e como sua atuação complementa o trabalho da equipe?

Elielton: Eu falei sobre os principais pontos que formam uma empresa júnior, sua estrutura e dinâmica de trabalho. 

Destaquei que o nosso principal objetivo é capacitar os alunos por meio de trabalhos práticos, aproximando o ambiente acadêmico da realidade do mercado. 

Ressaltei que essa vivência permite o desenvolvimento de habilidades técnicas, profissionais e de trabalho em equipe, além de estimular a responsabilidade, a liderança e a tomada de decisões. 

Dessa forma, a empresa júnior contribui diretamente para a formação de alunos mais preparados, confiantes e qualificados para atuar após a conclusão do curso.

Como secretário da ATAC, meu trabalho é atuar na divisão de tarefas, acompanhar como os membros do grupo estão atuando em relação às suas atividades e à presença em reuniões. Ou seja, minha função é auxiliar na estrutura da empresa, além de apoiar os demais membros caso precisem de ajuda.

Acadêmico Elielton Chaves - Imagem/AgroFormosa
Acadêmico Elielton Chaves - Imagem/AgroFormosa

Revista Formosa: Para encerrar, que avaliação vocês fazem da participação na AgroFormosa e que mensagem deixam para outros jovens universitários que desejam empreender?

Universitários: A nossa avaliação é extremamente positiva. A participação na AgroFormosa foi, para nós, a validação de que o conhecimento técnico produzido na universidade tem alto valor de mercado e rompe fronteiras. 

Saímos com a certeza de que a conexão entre o Matopiba e a nossa instituição foi fortalecida, abrindo um corredor de oportunidades tanto para estágios quanto para futuros projetos na região.

Aos jovens universitários, deixo a seguinte mensagem: não esperem ter o diploma em mãos para começar a construir a sua carreira. A universidade é o melhor laboratório para errar, aprender e inovar. 

O mercado do agronegócio é dinâmico e busca profissionais que tenham atitude, que saiam da zona de conforto — literalmente, como nós fizemos — e que transformem teoria em solução. 

Empreender durante a graduação não é apenas um diferencial no currículo, é uma antecipação do futuro profissional de sucesso que vocês almejam.

Confira Apresentação!

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