A aviação agrícola no Oeste Baiano

17/04/2022
A aviação agrícola incrementa produtividade agrícola com segurança | Foto: Reprodução Senar
A aviação agrícola incrementa produtividade agrícola com segurança | Foto: Reprodução Senar

Por Revista Formosa

A aviação agrícola iniciou-se no Brasil há mais de 70 anos e atualmente possui a segunda maior frota do mundo, com cerca de 2300 aeronaves espalhadas por 23 Estados brasileiros, sendo uma importante ferramenta de apoio ao agronegócio.

O Ministério da Agricultura é o responsável pela proposição das políticas públicas para o emprego da aviação agrícola no País e pela coordenação, orientação, supervisão e fiscalização de suas atividades.

As empresas de aviação agrícola do Brasil prestam diversos serviços como semeadura, aplicação de agrotóxicos (químicos e biológicos) para proteção das lavouras, povoamento de rios e lagos com peixes e combate a incêndios florestais.

O Brasil tem uma das maiores e melhores aviações agrícolas do planeta. Iniciado no país em 1947, o setor é utilizado tanto no tratamento de lavouras contra pragas quanto na semeadura e aplicação de fertilizantes, sem falar no combate a incêndios florestais e até no trato de florestas e recuperação de vegetação em áreas de difícil acesso.

O setor aeroagrícola está presente nas principais lavouras estratégicas do agro brasileiro, garantindo eficiência e produtividade com tecnologia de ponta, alta precisão e segurança operacional e ambiental.

As vantagens desse serviço aparecem ainda mais quando se precisa agir com rapidez para controlar doenças e pragas, que se propagam em grande velocidade em diversas culturas.

A pulverização aérea pode ser usada para aplicação de fungicidas, inseticidas, adubação de cobertura sólidos e líquidos (uréia, sulfato de amônia), semeaduras de forrageiras como (aveia, nabo e braquiária).

A Aviação Agrícola sempre priorizou a qualidade em seus serviços, buscando tecnologia e inovação, é um serviço especializado que busca proteger e fomentar o desenvolvimento da agricultura por meio da aplicação aérea. Vale também acrescentar que nessa atividade, existem profissionais capacitados e treinados especificamente para exercerem tal função.

Avião sobrevoa plantação aplicando agrotóxico biológico | Foto: Reprodução Hélices Remar
Avião sobrevoa plantação aplicando agrotóxico biológico | Foto: Reprodução Hélices Remar

No Oeste Baiano, o controle de doenças na agricultura, em sua maioria, é feito com uso da aviação agrícola por meio de pulverização.

Devido a Região Oeste contar com grandes áreas de lavoura a pulverização terrestre não atende a demanda. Deste modo, se faz necessário o uso de aeronaves específicas para pulverização, uma vez que a mesma consegue obter os mesmos resultados da pulverização terrestre, porém com mais praticidade e velocidade, em tempos onde o ciclo de produção é cada vez mais curto, o tempo de pulverização também tem que ser menor para atender o ciclo de crescimento da planta e da cultura, exemplo disso é a fazenda Pérola, localizada na região da cidade de São Desiderio.

De acordo com o funcionário Matheus Felipe Ferreira da Silva, a fazenda possui diversas culturas, plantações de soja algodão milho feijão melancia abóbora e Milheto. "Com uma diversidade tão grande de culturas diversifica-se defensivos agrícolas. Portanto pulverizar áreas tão grandes quanto a da Fazenda Pérola seria impossível se não fosse com a ajuda dos aviões".

A região conta com dois principais tipos de aeronaves: o Ipanema que atende uma área menor com capacidade de abastecimento de produtos menor e o Air tractor que atende áreas maiores, voa em maior velocidade com grande vazão de produto e grandes tanques para armazenamento.

Devido à grande demanda da pulverização aérea, a região vem se transformando em um grande polo no ramo da aviação agrícola, fazendo com que se forme cada vez mais pilotos mecânicos voltados para a área agrícola e aumentando a modernização e tecnologia da região.

Aplicação de agrotóxico no Oeste da Bahia | Foto: Reprodução AIBA
Aplicação de agrotóxico no Oeste da Bahia | Foto: Reprodução AIBA

"Essa atividade, quando feita em maior proporção como em nossa região, gera empregos e oportunidades para mão de obra qualificada. Além do retorno para os profissionais específicos da área, existe também uma maior demanda nas atividades secundárias como dosadores de produtos e auxiliares", comenta Matheus Felipe. Com informações Fala Barreiras